O rubro-negro tem sonhos. E acreditem: os sonhos do rubro-negro não se concentram em ganhar títulos, apenas. O rubro-negro sonha, diariamente, em ser feliz. O rubro-negro quer se orgulhar da sua equipe. Quer sentir que a gana que ele próprio tem em vencer está refletida em cada jogador em campo. O rubro-negro perdoa o cruzamento errado (mas vê se capricha, Rodinei), perdoa uma ou outra falha individual. Perdoa até mesmo uma possível derrota. O rubro-negro quer apenas estar em campo, em cada um dos onze jogadores. Isso o torna feliz.
O que vimos ontem foi o que desejamos a muito tempo. Tivemos o controle do jogo, fomos pacientes, soubemos lidar com o resultado adverso e imprimimos o nosso ritmo de jogo por quase toda a partida. Não desistimos e fomos contemplados com um gol no último minuto, porque da mesma forma que não existe justiça no futebol, existem os seu deuses, que não permitiriam ver o Flamengo sair derrotado de campo.
Ontem, a qualquer momento do jogo, tínhamos a sensação de que sabíamos o que estávamos fazendo. Tínhamos a leitura do jogo, tínhamos inteligência emocional, sem abrir mão da raça que exigimos aos atletas que vestem o Manto. O Flamengo foi Flamengo sem se importar com o onde, com o som, com o contra quem. E assim é, sempre, o rubro-negro.
Como não exaltar a liderança do Diego Alves, a frieza e a capacidade técnica do Léo Duarte, a excelente atuação do capitão Réver, a persistência do Renê, a capacidade de entrega e resiliência do Diego, a alegria do Marlos Moreno? O que falar do Cuéllar, do Everton Ribeiro, do Paquetá? Monstros, parece que nasceram trajando o Manto Sagrado, nasceram para nos arrancar sorrisos a cada jogada. Como não encher o coração de esperança ao ver o Vitinho em campo? Como não ter aquela sensação de dever de casa bem feito ao ver mais um menino decidindo um jogo, como decidiu Lincoln ontem? Como não ser feliz assim?
Ontem fui feliz. Confesso que mais feliz até mesmo que em muitas vitórias do passado. Ontem fui feliz porque tive a certeza que o Flamengo caminha a passos largos para ser realmente a gente em campo. Na nossa melhor essência. No coração, na cabeça e na ponta dos pés.
Imagem destacada no post e redes sociais: Gilvan de Souza / Flamengo
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Felipe Foureaux escreve no MRN e nunca deixará de ter orgulho de ser rubro-negro. Siga-o no Twitter: @FoureauxFla
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