Lenda do Flamengo, Denir abre o coração e revela lado pouco conhecido de Renato Gaúcho
Lendária figura do futebol carioca, o carismático Denir revelou à ESPN, nesta sexta-feira (17), o convívio de Renato Gaúcho no Flamengo. O massagista afirmou que além de identificado com o clube, o técnico rubro-negro é bem diferente daquela imagem que criou na última passagem pelo Grêmio.
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No próximo mês, em outubro, Denir vai completar 40 anos de clube. Mas agora reencontrou Renato Gaúcho após mais de 30 anos. No título brasileiro de 1987, o massagista tinha acabado de subir para trabalhar com os profissionais. Entretanto, pouca coisa mudou daquele goleador polêmico e que enchia a torcida de orgulho. É o que diz o funcionário símbolo do Rubro-Negro:
“Renato é muito identificado com essa camisa. Tem a cara do Flamengo. História dele aqui é linda. Tem tudo para ser igual ou melhor como treinador. Depois do Zico, foi o jogador mais povão. Atendia todo mundo com sorriso no rosto. Torço muito por ele”, declarou Denir.
Contudo, ao contrário da imagem cultuada no Grêmio, Renato Gaúcho é agregador. Palavras do próprio Denir. De acordo com ele, essa característica vem desde os anos 80. Mas, apesar disso, lembra que o treinador é exigente na cobrança de horários e determinadas atividades a atletas e auxiliares:
“Agregador. Defino ele com essa palavra. Só tenho boas lembranças dele dos tempos de jogador. Olhava por aqueles que não tinham muitas condições. Uma vez me deu um micro-ondas, sem eu pedir. Mas naquela época era um luxo. É uma pessoa muito especial”, exclama Denir.
Quem é Denir, a lenda do Flamengo
Funcionário mais antigo do Flamengo, Adenir Silva, o Denir, nasceu no dia 20 de setembro de 1948 em Nova Iguaçu. É um dos muitos nomes que trabalham nos bastidores para que apareça o sucesso dentro de campo. Mas além de massagista do Rubro-Negro, também já trabalhou em quatro Copas do Mundo, sendo três delas pela Seleção Brasileira.
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Dos 57 títulos da história do clube, esteve presente em 36 deles. Incluindo os mais importantes, como o Mundial de 1981, as duas Libertadores e todos os oito campeonatos brasileiros. Mas sempre respeitado e querido por todos.
Entretanto, foi ao longo do tempo que virou uma dos personagens mais queridos do clube. Desde a geração de Zico é acolhido pelos jogadores. Numa época onde a ciência esportiva ainda engatinhava, era ele o gigante que com as mãos mágicas fazia milagres nas pernas que levaram alegrias aos milhões nessas quatro décadas.
Tratado como “paizão”, Gabigol foi quem mostrou um pouco dessa reverência. Na histórica campanha de 2019, o camisa 9, antes de entrar no vestiário, beijava a mão de Denir e pedia sua “benção”. Até mesmo o técnico Jorge Jesus se rendeu aos abraços calorosos do massagista. Em diversas ocasiões era possível ver o português cumprimentando e aos risos com ele.
Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes