Marcos Braz vira réu por lesão corporal em briga com torcedor

21/10/2023, 21:15
Marcos Braz vira réu por lesão corporal em briga com torcedor

O Ministério Público do Rio de Janeiro, nessa semana, pediu que o vereador e vice-presidente de futebol do Flamengo Marcos Braz fosse processado. A juíza Simone Cavalieri Frota, do 9º Juizado Especial Criminal, atendeu e vai autuar o dirigente rubro-negro por lesão corporal em briga com torcedor em um shopping.

Em caso de condenação, Marcos Braz pode pegar pena de três meses a um ano de prisão. Além disso, perderá o réu primário e pode ficar até inelegível. O amigo do vereador que estava na briga, Carlos André da Silva, também foi autuado. Ou seja, a Justiça concluiu que o torcedor falou a verdade e o Braz mentiu sobre a ameaça.

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A juíza também acatou o arquivamento da acusação contra o torcedor Leandro Gonçalves de ameaça e lesão corporal contra o Braz. “Tendo em vista a impossibilidade de deflagração eficaz de ação penal, arquive-se na forma de promoção, os crimes previstos nos arts.129 e 147 do Código Penal, que teriam como vítima Marcos Teixeira Braz e autor Leandro Gonçalves”, determinou a magistrada.

De acordo com o Ge, uma audiência de conciliação deve ser marcada para tentar um acordo entre o Marcos Braz e o Leandro Gonçalves.

Imagens do shopping provam Leandro como vítima

O Ministério Público analisou as câmeras de segurança do shopping no local onde se deu a briga entre Braz e o torcedor. O promotor do caso aponta que “não há nos autos nenhum elemento de prova consistente que indique prática delituosa por parte de Leandro”.

Em sua defesa, Marcos Braz alega ter sido ameaçado de morte, mas o MPRJ consta que nas imagens apreendidas não contêm gravação de áudio, e que não há testemunhas imparciais que indiquem que Leandro xingou e ameaçou o dirigente antes das agressões.

Além disso, Braz afirmou que torcedores o ameaçaram enquanto sua filha estava na loja junto com ele. No entanto, segundo o Ministério Público, a menina ficou por apenas 2 minutos e 40 segundos no local e saiu “sem que tenha havido qualquer contato ou percebido a presença do senhor Leandro”.


Fellipe Perdigão
Autor

Sou jornalista, formado pela FACHA, de 21 anos. Pouco tempo na área de jornalismo, mas com sonhos, que eram inimagináveis, conquistados, como a cobrir a final da Copa do Brasil, em 2022, no Maracanã. Objetivo é continuar na busca de mais realizações!