A 777 Partners, dona da Vasco SAF, está sendo processada nos EUA sob a acusação de fraude em uma tomada de empréstimo de US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão). Como controladora do Vasco, a 777 disputa junto com a W/Torre a concessão do Maracanã com o Consórcio Fla-Flu – o resultado da licitação será conhecido na semana que vem.
A empresa, que detém 70% das ações da Vasco SAF é acusada pela Leanderhall de dar como garantia ao empréstimo ativos que “não existiam, não eram de fato propriedade das entidades de [Josh] Wander [dono da 777] ou já haviam sido prometidos a outro credor”, diz a denúncia da Leadenhall.
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Além do Vasco, a 777 Partners também é controladora do Everton e é investigada pela Premier League por violar as regras de fair play financeiro. A empresa também tem porcentagens do Genoa (Itália), Hertha Berlin (Alemanha), Red Star (França) e Standard Liége (Bélgica).
O Consórcio Maracanã Para Todos, formado por Vasco SAF e W/Torre, entrou com recurso junto à Comissão Especial de Licitação para ter sua nota técnica aumentada e a do Consórcio Fla-Flu, reduzida antes da abertura com os envelopes com a proposta financeira. A manutenção das atuais notas (117 a 81) torna impossível para o Consórcio Maracanã Para Todos vencer a licitação.
O processo nos EUA não inabilita o grupo formado pela Vasco SAF de participar da licitação, mas gera dúvidas sobre sua idoneidade e capacidade de honrar os investimentos com os quais irá se comprometer. O Consórcio Fla-Flu se comprometeu a realizar investimentos de quase R$ 400 milhões nas próximas duas décadas no Maracanã. Já o Consórcio Maracanã Para Todos alegou que divulgar quanto pretende investir seria antecipar detalhes da proposta financeira na proposta técnica.