Matheus Berriel: Uma vez, sempre!

15/11/2023, 13:10
A maior e mais apaixonada torcida do mundo está em festa pelo aniversário do Flamengo

Alguns hobbies tive na vida, mas nenhum deles se aproxima do misto de emoções proporcionado pelo Flamengo. Aliás, nem mesmo podem ser comparados, pois ser Flamengo não é hobby, mas cumprimento de missão.

Dentre os primeiros brinquedos, lá estava o ursinho rubro-negro. Entre as primeiras roupas, sua camisa se fez segunda pele. Entre os endereços da vida, o Maracanã é casa imutável.

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Com a bola no pé, ainda menino, sonhei em ser Zico. Quando a tive nas mãos para fazer escolhas, arremessei com convicção, disposto a repetir Marcelinho na mais bela cesta de três. Se a vida trouxe obstáculos, saltei como Rebeca Andrade. E quem é que nunca precisou remar para alcançar um objetivo?

Pode-se concluir que o torcedor rubro-negro é um ser obstinado por natureza. Uma vez desafiado, parece querer provar — não aos outros, mas a ele mesmo — que o seu clube é capaz. E não só acredita, como participa do processo, sendo ele próprio — o torcedor — um a mais dentro do campo, da quadra ou da água. Daí a explicação para tantos títulos “fáceis” perdidos, por excesso de confiança, e tantas façanhas inigualáveis protagonizadas.

Um dia, quando contarem a história do esporte mundial, não poderão ignorar o Flamengo. Nem mesmo se os autores da obra forem tricolores, vascaínos ou botafoguenses. Afinal, quem mais do que o Flamengo povoa a mente dos torcedores rivais, causando um misto de raiva, inveja e — quiçá — admiração oculta? Se todo brasileiro não foi Flamengo por um dia, como declarou Nelson Rodrigues, ao menos desejou ser.

Felizes de nós, rubro-negros, por termos o Mais Querido para chamar de nosso. Pudesse voltar ao momento do parto, não chorava; gritava “Mengo!”.


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Mundo Rubro Negro
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Notícia e opinião de qualidade sobre o Flamengo desde janeiro de 2015