Nelson Rodrigues já dizia: O Flamengo está entre as três maiores instituições do país
Essa semana não é uma qualquer para o torcedor rubro-negro, embora sua paixão transforme um mero amistoso em algo sagrado. Afinal, após sair de uma fila de 38 anos do título da Libertadores chega novamente a mais uma final do campeonato mais cobiçado da América.
São mais de 40 milhões de torcedores espalhados pelo Brasil que estão angustiados, apreensivos e ansiosos pelo sábado, data na qual o clube pode chegar novamente à Glória Eterna. Cada um, a seu modo, se prepara para uma grande festa, e observamos isso por todo o país, demonstrando a força que a Nação possui. Uma coisa é certa, todo rubro-negro tem um compromisso agendado para o dia 23 de novembro de 2021, a partir das 17:00 hs.
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Há aqueles que não perderão a chance de ver seu time em Montevideo, mais uma vez, ficar marcado na história, e assim, desde segunda-feira aeroportos, rodoviárias e outros pontos de embarques estão cheios de flamenguistas. Seguramente o Manto Sagrado parecerá um uniforme coletivo, tamanho orgulho que essa imensa nação tem em vesti-lo.
Esse frenesi há muito ronda o imaginário do povo brasileiro, do Oiapoque ao Chuí, e Nelson Rodrigues talvez tenha sido o precursor em capturar esses sentimentos. Todavia, mesmo que o maior literato do futebol brasileiro tenha sido encarado como um romancista pelos adversários do “Mais Querido”, ante seus reiterados adjetivos hiperbólicos dirigidos ao time da Gávea. Contudo, determinadas constatações podem ser até mais óbvias hoje, porém Nelson Rodrigues anteviu, quiçá vindo do futuro, como alguns místicos poderiam presumir.
Gerri Rodrian: O fogo que ferve a sopa
O fato de antever o que vai acontecer é típico daquelas pessoas iluminadas, que conseguem interpretar o espírito do futebol. Nesse sentido, nada mais verdadeiro que:
“Poucas instituições serão tão abrangentes, nacionalmente, quanto o Flamengo — a Igreja Católica, sem dúvida, é uma delas, e, talvez o jogo do bicho. E olha que o Flamengo não promete a vida eterna e nem o enriquecimento fácil. Ao contrário, às vezes mata de enfarte e, quase sempre, só dá despesa. Mas uma coisa ele tem em comum com a religião e o bicho: a Fé! Por onde vai, o Rubro‐Negro arrasta multidões fanatizadas”.
Allan Titonelli é autor de “Ficou Marcado na História”. Veja mais detalhes aqui.
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