Devoção ao Manto Sagrado: Lamark e suas incríveis camisas do Flamengo que encantam (e viralizam) na FlaTT

30/10/2020, 17:17
camisa do flamengo

Nas redes sociais, desenhos de camisas não oficiais do Flamengo tem agradado torcedores, mais até que os modelos da Adidas

Em uma semana que a camisa número um do Flamengo para 2022 foi vetada pelo conselho deliberativo, uma discussão voltou à tona nas redes sociais. As camisas não oficiais do Flamengo desenhadas por torcedores tem recebido um carinho muitas vez maior da Nação Rubro-Negra do que os modelos feitos pela Adidas. E um nome se destaca nesse meio.

Trata-se do carioca Lamark Morais, de 32 anos. Formado em publicidade, mas desempenhando a função de designer gráfico, alguns de seus desenhos se popularizaram em meio a Nação, sobretudo no Twitter. Uma ideia de homenagem aos Garotos do Ninho foi uma delas.

O interesse do estilista em fazer esse tipo de trabalho surgiu em 2011. No entanto, a falta de habilidade com ferramentas gráficas na época o fez desistir momentaneamente da ideia. Um tempo depois, o cenário mudou. Já com maior capacidade de realizar edições aprimoradas, foi hora de tirar as propostas do papel e iniciar na prática.

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“As ideias eram mantos como se fossem assinados pela Nike e a repercussão foi bem legal. Mas fui bem cobrado para fazer a versão da Adidas, a FlaTT é bem exigente”, brinca o publicitário. O Twitter foi a rede social em que Lamark decidiu compartilhar suas edições. Escolha precisa, já que por lá, é bem comum suas divulgações viralizarem.

Sem polêmica entre as camisas oficiais e não oficiais do Flamengo

Quando o assunto é o trabalho da fornecedora de material esportivo do Flamengo, Lamark não quer polemizar. Apesar do sonho de ter um trabalho seu se tornando uniforme do clube, ele diz aprovar os mantos da fabricante alemã.

“Eu gosto bastante do trabalho da Adidas. Numa escala de 0 a 10, eu daria 8. O meu Manto favorito é o terceiro de 2013, seguido do Manto dois de 2015 e no terceiro lugar a polêmica Flamengueira”, lista Lamark. E, se nos últimos dias, torcedores do Mais Querido mostraram insatisfação com a Adidas, com o designer costuma ser diferente.

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Perguntado sobre o feedback do seu trabalho, Lamark contou que, geralmente, a opinião pública é a seu favor. E já teve até quem dissesse que suas ideias superavam as camisas oficiais. “Sempre tem quem pede meus uniformes, já criaram até hashtag #ContrataOLamark, marcam as Adidas nos comentários, é bem engraçado ver isso”, relata.

Esse contexto, em que torcedores fazem seus próprios modelos, é visto como positivo pelo designer rubro-negro. “Acredito que, quanto mais gente exercitando sua criatividade, mais o Flamengo tem seu nome em alta e ajuda os patrocinadores a desenvolverem projetos mais alinhados com o pensamento da Nação.”, diz o criador.

A criação predileta que alcança um ícone de infância

Ao falar do processo de criação das camisas, Lamark conta que não tem muito mistério. Nada muito elaborado ou pensado. Apenas aquela ideia que vem na cabeça de uma hora para outra e já se torna um trabalho que salta os olhos. “Eu não tenho tanta metodologia, a única coisa que faço é desenhar no papel antes de jogar para o computador, mas geralmente vai no feeling mesmo”, explica Lamark.

Em meio a tantos desenhos elaborados, não tinha como escolher um como seu favorito. Um uniforme inspirado nos oficiais do Flamengo dos anos 70 e 80, que fez muito sucesso no Twitter, obtendo mais de duas mil curtidas, é o xodó do estilista. Mas existe um motivo para essa predileção específica.

Por conta do seu fascínio pelas camisas do Flamengo feitas nas décadas de 70 e 80, ele passou a fazer releituras desses uniformes. Foi daí que aconteceu um fato especial, na mesma proporção que inesperado. Ganhando grandes proporções, seus desenhos chegaram no cantor Buchecha. A quem Lamark se refere com carinho.

“Um fato engraçado foi que o Buchecha compartilhou ele (o manto favorito de Lamark) nos stories do Instagram, logo mandaram uma mensagem no Twitter me avisando. Fiquei super emocionado, porque ele era um ícone na minha infância”, lembra.


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