Tudo sobre o Flamengo: notícias, história, ídolos, títulos e muito mais
Quer saber tudo sobre o Flamengo e ficar por dentro não só do dia a dia como da história do clube mais popular do Brasil?
Gosta do Mengão e quer ter mais argumentos para debater com os amigos e deixar a antizada de queixo caído?
Se você respondeu sim para essas perguntas, então esse conteúdo é para você.
Mas se respondeu não, ou não soube o que responder, tudo bem.
Temos certeza de que, se continuar lendo, você vai se surpreender com a riqueza da história de uma instituição centenária, cheia de conquistas e páginas memoráveis no esporte brasileiro.
Entenda lendo este guia e saiba como e por que o Clube de Regatas do Flamengo se tornou uma das maiores potências poliesportivas do Brasil e do mundo!
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Tudo sobre o Flamengo: início no remo
A história do Flamengo começa com a rivalidade travada com o Botafogo.
Em 1894, o Rio de Janeiro, então Capital Federal, encontrava-se em plena efervescência com os modismos importados da Grã-Bretanha.
Um deles era a prática esportiva, até então algo estranho em um país que tinha acabado de abolir a escravidão.
O primeiro esporte a se popularizar entre as massas foi o remo, há muito praticado nas universidades inglesas.
Naquele ano, o Botafogo causava furor com suas vitórias nas regatas, deixando preocupados os estudantes da República Paz e Amor, no número 22 da Praia do Flamengo, que viam as garotas se bandeando para os lados do bairro vizinho.
Foi então que, em 17 de novembro de 1895, seis jovens moradores da república decidiram fundar um clube de regatas em resposta à iniciativa botafoguense.
Os nomes dos pioneiros: Augusto Lopes, Mário Spindola, Nestor de Barros, Felisberto Laport, José Félix da Cunha Meneses e José Agostinho Pereira da Cunha.
Em decisão unânime, foi decidido que, embora fundado no dia 17, a celebração pelo aniversário do clube seria sempre no dia 15 de novembro, para coincidir com o feriado da proclamação da república.
As primeiras cores do uniforme listrado na horizontal eram o amarelo e o azul, que seriam substituídas em 1896 pelo vermelho e preto, mais resistentes à salinidade das águas da baía de Guanabara.
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A consolidação como clube de massa
Como escreveu Nelson Rodrigues na célebre crônica “Flamengo Sessentão”, “o ano era 1911, grande época”.
Em 1911, o Flamengo dedicava-se exclusivamente ao remo, e até então parecia satisfeito com isso.
Foi aí que aconteceu um daqueles eventos que justificam a “teoria do caos”, segundo a qual um pequeno acontecimento pode mudar o destino de pessoas, instituições e até do universo.
O evento catalisador, no caso, foi a dissidência de 9 jogadores do Fluminense que, diferentemente do Flamengo, não tinha remo, dedicando-se só ao futebol.
Sem clube para defender, eles lembraram que o Fla ainda não tinha uma equipe. Por que não formar o primeiro “team”?
Nascia assim a “seção de desportos terrestres” do Flamengo, com o primeiro título sendo conquistado em 1914, com a conquista do Campeonato Carioca.
Foi plantada nessa época a semente da popularidade do Flamengo que, diferentemente das outras agremiações em suas sedes fechadas, treinava em campo aberto.
Lembre-se: o time rubro-negro era formado pelas estrelas que vieram do Fluminense, que naquela altura já contava com uma torcida entusiasmada.
Popularidade que seria confirmada em 1927, quando o Flamengo faturou a Taça Salutaris, em votação promovida pelo Jornal do Brasil para saber qual era o clube mais popular, quando ganhou o apelido de “O Mais Querido do Brasil”.
Pelo Brasil afora, o Flamengo tornou-se um fenômeno também em razão das suas frequentes e pioneiras excursões.
Somado a isso, temos a influência da Rádio Nacional que, a partir de 1936, passou a transmitir os jogos do Flamengo para todo o país, contribuindo para a expansão da torcida rubro-negra no Norte, Nordeste e Centro Oeste.
As primeiras conquistas expressivas
O Flamengo nunca foi rebaixado no futebol e já começou disputando a primeira divisão do futebol carioca.
Três anos apenas depois da formação da primeira equipe, o Fla já abocanhava seu primeiro título, com o bicampeonato em 1914 e 1915, este último invicto.
Em 1920 e 1921, um novo bicampeonato, ao que se seguiu um período de escassez nas décadas de 1920 e 1930, quando ganhamos apenas os cariocas de 1925, 1927 e 1939. Foi um período de mudanças, quando o presidente José Bastos Padilha decidiu erguer o estádio da Gávea, que inclusive leva o seu nome.
A partir da conclusão das obras em 1938, tem início um período vitorioso, com os tricampeonatos em 1942, 1943 e 1944 e 1953, 1954 e 1955.
Os títulos então voltariam a rarear, com o Flamengo tendo conquistado na década seguinte o Rio São Paulo de 1961 e os estaduais em 1963 e 1965.
Seria a partir da década de 1970, mais precisamente em 1978, que o Flamengo daria início a um dos seus períodos mais vitoriosos, em grande parte graças um jovem talento que despontaria em 1971, Arthur Antunes Coimbra, o Zico.
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A geração de ouro de 1981
Assim como o Pacto de Varsóvia uniu os países da cortina de ferro a partir da década de 1950, o Flamengo também teve o seu “tratado” histórico.
Em 1977, o Flamengo perderia o estadual nos pênaltis para o Vasco, em uma das raras ocasiões em que o rival não foi vice.
Depois da derrota, os jogadores se reuniram no bar Barril 8000, no Arpoador, para prestar solidariedade a Tita, que perdeu a cobrança decisiva.
Mas o que seria apenas uma reunião para selar a amizade, acabou se tornando um divisor de águas na história rubro-negra.
Além de reforçar o apoio ao jovem Tita, o talentoso grupo faria um pacto de não voltar mais a perder nenhuma decisão.
Esse acordo regado a muitas tulipas de chopp passaria então a ser conhecido como o Pacto do Barril, como conta o blog Flamengo Eternamente.
Como promessa é dívida, a partir de 1978 viria o evento que mudaria o rumo que as coisas pareciam estar tomando, com o título estadual depois da mítica cabeçada de Rondinelli, o Deus da Raça, em cima do Vasco.
Nota da redação: eu mesmo, conversando com ele sobre esse gol, tive como resposta uma frase que jamais esquecerei “se eu não fizesse aquele gol ia todo mundo pra rua!”.
A partir daí, o Flamengo faturaria uma taça atrás da outra, começando pelo terceiro tricampeonato carioca em 1978, mais os dois que foram realizados em 1979.
Era o começo da consagração de uma safra de jogadores “made in Gávea”, lapidada pelo brilhante treinador Cláudio Coutinho, que comandou um grupo em que desfilavam além de Zico, craques como Junior, Adílio, Julio Cesar e Leandro.
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Primeiras conquistas nacionais, consagração mundial e um novo período de titulos escassos
Em 1980, viria a confirmação da condição de gigante do futebol brasileiro, com o primeiro título em cima do Atlético-MG.
Essa conquista abriu caminhos para a Libertadores de 1981 sobre o Cobreloa, logo na primeira participação rubro-negra, e o apoteótico título do Mundial de Clubes em cima do Liverpool.
Aquela geração vitoriosa conquistaria ainda o Campeonato Brasileiro em 1982, com uma vitória sobre o Grêmio no sul e em 1983, com um sonoro 3×0 em cima do Santos.
E como o talento não tem idade, os já veteranos Zico e Leandro ainda dariam ao Fla uma quarta glória nacional, com a conquista do Brasileiro de 1987.
As décadas de 90 e 2000 chegaram com a promessa de uma nova geração de ouro, com a subida ao profissional de jogadores como Paulo Nunes, Djalminha, Nélio, Marcelinho, Junior Baiano e Marquinhos.
Mas os tempos eram de vacas magras e gestão, ainda amadora, não conseguiu manter a maioria desses jogadores por muito tempo.
O Flamengo, de modelo de gestão nos anos 80, passaria a ser conhecido pelos calotes, atrasos e negociações milionárias e irresponsáveis.
Tanto que, na década de 1990, os únicos títulos nacionais foram a Copa do Brasil em 1990 e o Brasileirão de 1992, quando Junior, com 38 anos, esbanjou categoria no meio de campo.
A crise de gestão e financeira continuaria na primeira década dos anos 2000, na qual o Fla lutou pela permanência na primeira divisão por vários anos.
Todo esse contexto levou a um jejum de 14 anos sem um título de expressão nacional, quebrado em 2006 com o segundo título da Copa do Brasil.
O jejum no Brasileirão duraria até 2009, quando Adriano e Petkovic comandaram o time rumo ao hexacampeonato brasileiro.
Um novo Flamengo e a segunda era de ouro
O Flamengo patinaria entre problemas econômicos e administrativos até 2012, quando então a gestão liderada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello deu início a um amplo processo de reestruturação financeira e de gestão.
Sob a batuta da austeridade fiscal, o Flamengo buscou meios e estratégias para reduzir o endividamento e, com isso, ganhar fôlego financeiro e crédito no mercado.
Os títulos não foram muitos, em razão da política de contratação responsável que inviabilizava naquele momento a vinda de grandes jogadores.
Mas, como no Flamengo o lema é vencer, vencer, vencer, para não passar em branco o time conquistaria ainda o tri da Copa do Brasil em 2013, com um time operário no qual brilhou a estrela de Hernane e Elias.
O processo de reestruturação continuou e, em 2019, finalmente o Fla colheu os frutos de uma gestão comprometida e responsável financeiramente.
Comandado pelo “mister”, o treinador português Jorge Jesus, o Mengo faturaria de forma inédita em um mesmo ano o Campeonato Carioca, o Brasileirão e a Libertadores.
O título continental veio de forma épica, com uma virada de 2×1 em cima do River Plate com dois gols de Gabriel Barbosa, o Gabigol, em apenas 2 minutos.
No ano seguinte, o segundo bicampeonato brasileiro, com o técnico Rogério Ceni.
Depois de ganhar o Carioca em 2021, o Fla voltaria ao protagonismo nacional e continental em 2022, com a conquista invicta da Libertadores e o tetra da Copa do Brasil.
Top 10: jogadores com mais partidas pelo clube
O lema “craque, o Flamengo faz em casa”, se justifica pela grande quantidade de grandes jogadores formados pelo clube que vieram a conquistar títulos e prêmios individuais.
Prova disso é o top 10 dos atletas que mais vestiram o Manto Sagrado, no qual apenas dois deles não são formados nas nossas categorias de base. Confira a seguir
1. Junior
Período: 06/11/1974 à 19/08/1993. Partidas: 876
O paraibano Leovegildo Lins da Gama Junior lidera a lista de jogadores que mais defenderam o Flamengo, com impressionantes 876 partidas, 105 gols e 155 assistências.
Títulos:
- Mundial de Clubes: 1981
- Copa Libertadores da América: 1981
- Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983 e 1992
- Copa do Brasil: 1990
- Campeonato Carioca: 1974, 1978, 1979, 1979 (especial), 1981 e 1991
2. Zico
Período: 29/07/1971 à 06/02/1990. Partidas: 732
Em segundo lugar, ninguém menos que o maior ídolo e artilheiro da história do Flamengo, Arthur Antunes Coimbra, o Zico.
Nas mais de setecentas partidas que fez, o Galinho marcou 508 gols, marca que faz dele o maior goleador de todos os tempos no Fla.
Títulos:
- Mundial de Clubes: 1981
- Copa Libertadores da América: 1981
- Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983 e 1987
- Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981, 1986
3. Adilio
Período: 27/04/1975 à 06/02/1990. Partidas: 617
Meia extremamente técnico e habilidoso, Adílio fez parte da geração que ganhou todos os títulos possíveis pelo Fla na década de 1980. Foram 128 gols pelo Fla e 91 assistências.
Títulos:
- Mundial de Clubes: 1981
- Copa Libertadores da América: 1981
- Campeonato Brasileiro: 1980, 1982 e 1983
- Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981, 1986
4. Jordan
Período: 27/01/1952 à 01/09/1963. Partidas: 609
Nunca ter sido expulso na carreira, mesmo sendo um jogador de defesa, diz muito sobre o caráter e a categoria do lateral esquerdo Jordan, que defendeu o Fla por mais de uma década, com 3 gols anotados.
Títulos:
- Campeonato Carioca: 1953,1954,1955 e 1962
- Torneio Início do Campeonato Carioca: 1952 e 1959
- Torneio Rio-São Paulo :1961
- Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo: 1956
5. Andrade
Período: 06/10/1976 à 10/09/1990. Partidas: 570
Cabeça de área de rara categoria, Andrade também fez parte da geração vitoriosa da década de 1980, tendo marcado 28 gols com o Manto.
Títulos:
- Mundial de Clubes: 1981
- Copa Libertadores da América: 1981
- Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983 e 1987
- Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981, 1986
6. Cantareli
Período: 30/06/1973 à 06/02/1990. Partidas: 557
Único goleiro no top 10, Cantareli também fez parte da inesquecível geração que ganhou o mundo pelo Flamengo.
Títulos:
- Mundial de Clubes: 1981
- Copa Libertadores da América: 1981
- Campeonato Brasileiro: 1980, 1982, 1983 e 1987
- Campeonato Carioca: 1972, 1974, 1978, 1979, 1979 (Especial), 1981, 1986
7. Leonardo Moura
Período: 12/06/2005 à 04/03/2015. Partidas: 519
Embora não seja unanimidade entre os rubro-negros, a verdade é que Leo Moura permaneceu por quase dez anos no Flamengo em um período considerado de vacas magras. Marcou 47 gols e deu 72 assistências, principalmente cruzamentos, já que era lateral direito.
Títulos:
- Campeonato Brasileiro: 2009
- Copa do Brasil: 2006, 2013
- Campeonato Carioca: 2007, 2008, 2009, 2011, 2014
8. Carlinhos
Período: 13/04/1958 à 09/11/1969. Partidas: 514
Conhecido como “Violino”, pela sua extrema elegância e técnica refinada, Carlinhos também foi um treinador de sucesso no Flamengo.
Títulos como jogador:
- Torneio Rio–São Paulo: 1961
- Campeonato Carioca: 1963 e 1965
Títulos como treinador:
- Copa Mercosul: 1999
- Campeonato Brasileiro: 1992 e 1987
- Campeonato Carioca: 1991, 1999 e 2000
9. Liminha
Período: 21/01/1968 à 04/12/1975. Partidas: 513
Volante raçudo e marcador, Liminha era um autêntico carregador de piano mas que, ainda assim, deixou a bola nas redes adversárias em 29 vezes.
Títulos:
- Campeonato Carioca: 1972 e 1974
10. Jadir
Período: 07/05/1952 à 01/06/1962. Partidas: 498
Único zagueiro entre os dez que mais vestiram o Manto Sagrado, Jadir compôs a histórica linha defensiva do tricampeonato 53-54-55, ao lado de Jordan e Dequinha. Fez 5 gols pelo Fla.
Zico, o Rei de uma Nação
Há quem diga que a história do Flamengo se divide em A.Z. (antes de Zico) e D.Z. (depois de Zico).
Além de ser o maior artilheiro da história do clube e ter ganho todos os títulos possíveis em sua época, Zico também se notabilizou pela sua postura fora de campo.
Líder nato e sempre leal com os colegas de clube e adversários, Zico tornou-se um ícone, um ídolo na real acepção da palavra.
Essa postura e liderança fizeram com que Zico também viesse a se destacar fora de campo.
No Japão, ele é tratado com extrema reverência, carinho e respeito, por ter sido o primeiro grande jogador a atuar no país do Sol Nascente, tendo sido depois treinador da seleção japonesa.
Até hoje, Zico é considerado um exemplo, como comprova o sucesso do jogo beneficente que promove todo fim de ano, o Jogo das Estrelas.
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Notícias sobre o Flamengo
Por sua história, glórias e mística, o Flamengo tornou-se o clube mais popular do Brasil, contando mais de 40 milhões de torcedores de norte a sul do país.
Essa trajetória continua sendo escrita, já que, como diz o primeiro hino do Mengo, “tua glória é lutar”.
Saiba tudo sobre o Flamengo, desde os fatos que marcaram a história do Mais Querido até as últimas notícias sobre o dia a dia do clube aqui, no Mundo Rubro Negro.
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