Tragédia do Ninho: Justiça condena Flamengo em mais de R$ 3 milhões

O Flamengo foi condenado, nesta quinta-feira (15), a pagar quase R$ 3 milhões de indenização à família de Christian Esmério, goleiro das categorias de base morto na Tragédia no Ninho do Urubu, em 2019. A decisão foi do juiz André Aiex Baptista Martins, da 33ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

Os pais de Christian, Andréia Pinto Cândido de Oliveira e Cristiano Esmério de Oliveira, irão receber, cada um, R$ 1,412 milhão. O irmão do goleiro, Cristiano Júnior, vai receber R$ 120 mil por danos morais, totalizando a quantia de R$ 2,944 milhões que o Flamengo tem que pagar de indenização.

➕: Fla x Flu é eleito o maior clássico do Brasil

Além disso, o Flamengo seguirá pagando 7,060 mil reais por mês até a data quando Christian Esmério completaria 45 anos, em 2048, ou os pais virem a óbito. O clube ainda pode recorrer das decisões desta quinta-feira, mas ainda não se pronunciou.

A família de Christian está na Justiça contra o Flamengo desde 2021. Em última manifestação no processo, aliás, a defesa rubro-negra chamou de “exorbitante” o valor acima dos R$ 8 milhões pedido pelos familiares.

O processo contra o Flamengo é o único sobre a Tragédia no Ninho que segue em curso. O clube fez acordo com outras 25 famílias, que incluem familiares das 10 vítimas fatais e vitimas físicas ou psicológicas do incêndio que atingiu o Ninho do Urubu.

Tragédia no Ninho completa 5 anos sem punição aos responsáveis

Cinco anos depois da tragédia, o processo que investiga os responsáveis segue sem conclusão. São oito réus, incluindo ex-dirigentes do clube, que respondem em liberdade por incêndio culposo qualificado por causar morte e lesão corporal grave.

Entre os réus, estão o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, o ex-diretor financeiro Márcio Garotti e o ex-diretor adjunto de patrimônio Marcelo Maia de Sá. Os outros acusados são engenheiros responsáveis pelos contêineres e pessoas envolvidas em contratos e manutenção das estruturas.

Na última quinta-feira (8), quando a tragédia completou cinco anos, Bandeira divulgou vídeo afirmando que as vítimas não precisavam estar nos contêineres e questionou a decisão. Pouco depois, o Flamengo divulgou oficial contra o ex-presidente e afirmou que as alegações eram  “enganosas e falsas”.