Réu por tragédia do Ninho, Bandeira questiona uso de contêineres

Réu no processo criminal sobre a Tragédia do Ninho do Urubu, Eduardo Bandeira de Mello divulgou um vídeo no aniversário do incêndio no qual afirma que as vítimas não precisavam mais estar nos contêineres no dia do acidente.

Bandeira alega que o alojamento usado atualmente pela base já tinha sido entregue no fim de sua gestão, como presidente do Flamengo, em dezembro de 2018, e até usado pelo sub-17 na concentração para a final da Copa do Brasil daquele ano.

Leia mais:

“Quando aconteceu a tragédia do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019, aqueles meninos não deveriam estar ocupando aqueles módulos que pegaram fogo, porque eles já haviam sido trocados pelos módulos definitivos ainda em dezembro de 2018 e existe farto material que comprova isso. Vídeos, fotos, filmes. Aqueles meninos jogaram a final da Copa do Brasil sub-17 ocupando as novas instalações. Dormiram ali, treinaram ali. Então a pergunta que nós queremos ver respondida é por que eles voltaram para os módulos anteriores? Quem foi que autorizou, quem foi que promoveu essa mudança?”, afirmou.

Bandeira já foi suspenso por fala parecida sobre tragédia do Ninho

Em 2021, Bandeira chegou a ser suspenso pelo Conselho de Administração do Flamengo por uma fala parecida, de abril de 2020, na qual disse que o acidente não teria acontecido se ele continuasse na Presidência do clube. Mas em 2022, ele recorreu ao Conselho Deliberativo e foi absolvido.

O Flamengo nunca realizou inquérito interno para apurar as responsabilidades na tragédia que poderiam, entre outras coisas, esclarecer o questionamento de Bandeira. Hoje, o prazo para punir sócios do clube internamente por práticas que possam ter conduzido ao incêndio prescreveu, já que o estatuto do Flamengo limita a cinco anos depois do fato a punição por infrações disciplinares.

Atualmente deputado federal, Bandeira é pré-candidato à sucessão de Rodolfo Landim na eleição que acontecerá em dezembro deste ano.