O sumiço do uniforme do Flamengo na Libertadores e Mundial de 1981
No ano em que comemoramos os 40 anos da primeira conquista da Libertadores e do Mundial de 1981, existem duas histórias – uma sobre cada campeonato -, que poucos rubro-negros conhecem: a do sumiço dos uniformes do Flamengo.
Flamengo x Cobreloa | Jogos finais da Libertadores de 1981
Bem diferente de hoje em dia, na qual a final da Libertadores é disputada em jogo único, em 1981, a final foi disputada em três jogos:
1º partida: sediada no Maracanã, o Flamengo venceu a partida por 2×1. Neste jogo, o Mengo vestiu o uniforme rubro-negro.
2ª partida: sediada no Estádio Nacional, em Santiago, o Cobreloa venceu por 1×0. O time rubro-negro sofre a derrota vestindo o Manto branco de mangas curtas.
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Com o placar agregado somando 2×2, ou seja, marcando um empate entre os dois times, foi determinada uma 3ª partida de desempate, no Estádio Centenário em Montevidéu, no dia 23 de novembro. E foi aí, no voo de Santiago para Montevidéu, que tudo aconteceu.
A mala com todos os uniformes do Flamengo foi extraviada, o que deu uma correria danada na diretoria do Mengo que, às pressas, importou os uniformes do Brasil que, ao que tudo indica, eram vestidos pela base.
É possível diagnosticar, comparando o uniforme usado no 1ª jogo da final ao que foi vestido na última partida pela ausência do logo da Adidas e o design do número das camisas. Para conferir esses uniformes lado a lado, é só clicar aqui.
Contrariando a galera das superstições, o sumiço dos uniformes não influenciou em nada no brilhante desempenho do rubro-negro e, com dois gols de Zico, conquistamos a América pela primeira vez.
Mundial de Interclubes de 1981
Quem nunca se perguntou, ao revisitar as fotos de Raul no jogo contra o Liverpool na final do Mundial de Interclubes, o porquê de nosso goleiro-ídolo não ter bordado em seu uniforme o escudo do Flamengo? Pois é, torcedor rubro-negro, a história do sumiço dos uniformes se repetiu.
Em uma publicação em seu Instagram, Raul contou essa história para a Nação!
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Para “quebrar” o fuso horário, o time do Flamengo saiu do Brasil rumo a Los Angeles, onde ficou por três dias, antes de seguir rumo ao Japão para a competição. O ex-goleiro contou que Domingos Bosco, supervisor do time, disse a ele: “Raul, não temos camisa de goleiro. A sua não veio por alguma razão, então vou sair em busca de uma aqui em Los Angeles”.
Como naquela época o futebol ainda não era tão popular nos Estados Unidos, não existiam lojas especializadas para a venda destes materiais, portanto, foi em uma loja de departamento que Domingos Bosco encontrou um moletom amarelo semelhante ao vestido por Raul e viu nele a solução.
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Pela exigência do comitê organizador do Mundial de Interclubes, era necessário conter, na parte de trás da camisa, o nome e número dos jogadores e, às pressas, customizaram o moletom a ser vestido por Raul com seu nome e número, ainda em Los Angeles, à tempo da competição.
O final dessa história a gente já conhece: colocamos os ingleses na roda, vencemos por 3×0 contra o Liverpool. No entanto, Raul lamenta por um simples fato, não ter sido possível estampar o escudo do Flamengo em seu uniforme.
“O mais importante disso tudo foi que eu não tomei nenhum gol e ganhamos o título. E aí, a camisa ser um moletom não teve a menor importância. O que eu fiquei sentido foi a ausência daquele escudo do lado esquerdo do peito, no meu coração”, disse o ex-goleiro.
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Até a próxima e Saudações Rubro-Negras.