A eleição no Flamengo é o principal assunto do momento, e a derrota de Rodrigo Dunshee, apoitado por Rodolfo Landim, também é tema importante, além da vitória de Bap. Dunshee tinha confiança na vitória, ou que pelo menos a disputa fosse mais acirrada, mas Luiz Eduardo Bapstista saiu vencedor nas dez urnas. O jornalista Renato Maurício Prado, o RMP, aponta o motivo da derrota: Marcos Braz.
O vice-presidente de futebol do clube vinha sendo muito criticado, mas tinha a confiança de Rodolfo Landim. Tanto que foi mantido no cargo mesmo após o caso de agressão a um torcedor em um shopping da Zona Oeste do Rio de Janeiro. RMP diz que a aversão a Landim e sua chapa se deu pelo apoio incondicional a Braz.
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"O Landim perdeu pela própria incompetência. Se olhar bem, ele foi super vitorioso, mas isso aconteceu nos primeiros quatro anos. Os últimos dois foram desastrosos. Essa dupla (Landim e Bap), eu diria até que é quase de irmãos siameses. Tanto se parecem. Ex-empresários vitoriosos. Viviam juntos. Quem causou essa separação foi um personagem que ajudou muito a levar a chapa do Landim até a derrota: Marcos Braz, que sempre foi desafeto do Bap", aponta RMP.
Marcos Braz causou separação de Bap Rodolfo Landim
RMP lembra ainda que o racha que causou a separação de Landim e Bap, ocasionando na candidatura de Rodrigo Dunshee, aconteceu por conta de Marcos Braz.
"Em determinado momento, o Landim optou por ficar ao lado do Marcos Braz contra o Bap, chegando a recusar o apoio que daria ao Bap em princípio. O candidato da Situação seria o Bap, e quando chegou na hora 'H', apoiou o Dunshee. É uma continuidade de gestão. Essa turma estava toda junta na Chapa Azul, esteve de novo eleição do Landim. Mas no último mandato, começaram a se afastar, porque Landim passou a ouvir somente uma pessoa dentro do Flamengo, que é o Marcos Braz, e o levou a derrota", afirma RMP.
RMP faz críticas a Marcos Braz e cita ambiente na despedida de Gabigol.
"Porque o Braz meteu os pés pelas mãos nos últimos anos. Nem os sócios, nem a torcida perdoaram. Basta ver o que aconteceu no último jogo, quando a torcida gritava 'fica Gabigol' e mandava Landim tomar caju. Perdeu o apoio da arquibancada, dos sócios e perdeu a eleição", conclui.
RMP gosta da equipe de Bap, mas teve por postura do novo presidente
Por fim, o jornalista expõe sua expectativa para a nova gestão. Ele gosta da equipe do presidente, que conta com Flávio Willeman e Rodrigo Tostes, mas aponta postura do novo presidente como diferencial para o sucesso, ou não, da gestão.
"Minha expectativa é ver como o Bap vai se portar. É um cara, também, egocêntrico, vaidoso, não costuma ouvir ninguém, e vai ter que ouvir, e muito, a turma que o cerca, principalmente o Flávio Willeman, seu vice geral, que ao contrário do Bap, é agregador, com passagem em todas as correntes do clube e é muito competente. Se ouvir o Willeman, acho que o Flamengo vai voltar a ganhar. Se ouvir somente a si, e ele é quem manda no Flamengo, provavelmente o clube terá problemas", finaliza.