Rizek: guerra de narrativas entre Gabigol e diretoria do Flamengo pode render momento ‘para eternidade’
O jornalista André Rizek expôs sua opinião no perfil do ge sobre o conflito entre Gabigol e Flamengo. Ele vê uma guerra de narrativas conflitante e entende que a verdade fica no meio do caminho, sem poder cravar quem está certo ou errado. As partes, afinal, não expuseram todos os fatos e as versões conflitantes colocam em dúvida a verdade sobre o caso.
“Quando a gente se vê diante de uma guerra de versões, como acontece agora entre Flamengo e Gabigol, o bom senso nos leva a dizer que a verdade, já que a gente não estava lá, está no meio do caminho entre as versões conflitantes. E não dá nem para trazer um histórico da diretoria ou Gabigol para opinar quem tem razão, porque ambos os lados têm o histórico de contar só o que interessa a eles”, inicia.
Ele lembra que Gabigol já mentiu em posicionamento antes, e por isso, a versão não é confiável, mas também não dá para cravar que é mentirosa.
“O Gabigol chegou a dizer que a camisa do Corinthians que vestiu não era verdadeira, era montagem. Não dá nem para trazer um histórico de credibilidade. É incrível ver essa separação, deveria ser a mesma coisa. Futebol rubro-negro e um dos maiores jogadores da história do clube. Mas claramente são lados bem opostos”, continua.
Rizek diz que Gabigol ‘de bobo não tem nada’
O jornalista diz ainda que Gabigol não é bobo, mas apontou para o bom aproveitamento do momento por parte do atleta. Gabi sai como jogador decisivo mais uma vez ao marcar duas vezes na ida da final da Copa do Brasil, e após o título, anuncia a saída.
“O que dá para falar é que o Gabigol, que de bobo não tem nada, conseguiu costurar a saída dele do Flamengo de forma explosiva. De forma que deixa muito mal os dirigentes perante a torcida. Ele aproveita um momento de volta aos holofotes marcando gols decisivos. Nem o mais otimista fã do Gabigol imaginaria que ele teria a atuação épica do Maracanã. Ele aproveita a atuação e diz que vai embora do Flamengo culpando os dirigentes”, comenta.
O jornalista, então, comenta o desenrolar da história, com Gabigol contra-atacando a direção ao ser cortado da relação para Flamengo x Atlético-MG.
“Ele consegue dividir as manchetes por dias. Isso foi pensado. Não tem bobo nessa história. Na sequência, vem o afastamento dele, e qual o ato contínuo do Gabigol? Anunciar que vai ao jogo na arquibancada. Coisa que a diretoria não pode impedir. A única certeza que tenho é que o Gabigol foi mestre das palavras. Soube lidar com a imagem dele, o apelo popular que tem, e com o momento. Foi mestre dos holofotes”, conclui.
Jogador deve assistir jogo do camarote
Apesar da publicação, Gabigol não deve ficar no Setor Norte, como apontou em publicação após o afastamento. De acordo com o ge, o atacante deve assistir ao jogo no camarote para evitar problemas, já que a presença do ídolo no meio dos torcedores no setor popular poderia afetar a segurança da partida.