Renato Gaúcho não admite má atuação e reclama do VAR após empate com o Cuiabá
Em entrevista após o empate em 0 a 0 com o Cuiabá, neste domingo (17), o técnico Renato Gaúcho voltou a reclamar da maratona de jogos do Flamengo. No entanto, sem admitir a má atuação pela 27ª rodada do Brasileirão, reclamou de um pênalti na marcada nos acréscimos.
LEIA MAIS: Craque do Liverpool rasga elogios ao Flamengo no Mundial e revela ‘bronca’ com brasileiros
O empate impediu que o Rubro-Negro se aproximasse do Atlético-MG. O Galo perdeu para o Atlético-GO por 2 a 1, no começo da noite.
Entretanto, segundo Renato, o Cuiabá teve êxito em sua proposta de se fechar defensivamente e não sofrer gol. Mas sem admitir as poucas situações criadas pelo Flamengo, apontou as dificuldades para finalizar:
“Falar é fácil. No momento que se pega uma equipe bem fechada, você perde espaços, fica difícil de chutar. No futebol, é muito mais fácil destruir do que construir. É mais fácil fazer falta, dar chutão. Foi uma equipe que se propôs a não tomar um gol. Então, fica difícil quando o adversário se fecha totalmente. A proposta deles deu certo e infelizmente a bola não entrou”, disse.
Apesar da má atuação, Renato Gaúcho prosseguiu a explicação afirmando que o Flamengo não vai vencer todos os jogos. Assim como aconteceu com o Atlético:
“É um equipe que não vai ganhar todos os jogos. Nenhuma equipe do mundo ganha. Todo mundo vai tropeçar. O Atlético tropeçou. Infelizmente, tropeçamos também. Um jogo muito difícil, mas que infelizmente, não conseguimos a vitória”, finalizou.
Renato Gaúcho explica saída de Gabigol e reclama de pênalti no final da partida
Alvo de muitas críticas dos torcedores, Renato Gaúcho explicou a substituição de Gabigol. O artilheiro do Flamengo deu lugar ao jovem Vitor Gabriel:
“O Gabigol quase que nem entra em campo. Ele passou mal no vestiário e no intervalo. Tomou remédio antes do jogo. Tomou remédio no intervalo. Eu perguntei para ele se tinha condições, se estava passando mal. Pedi para voltar mais alguns minutos no segundo e caso não desse, eu ia ter que tirar. Mas chegou um momento que tive que tirar”, explicou.
No fim do jogo, Vitinho sofreu uma cotovelada após uma dividida dentro da área. Para Renato Gaúcho, o VAR deveria ter chamado o árbitro Flávio Rodrigues de Souza para verificar o lance:
“Fica difícil. Eu venho falando há muito tempo que o VAR apita os jogos. Não é no jogo de hoje. Eu converso com os árbitros. Em lance duvidoso na área, não é o árbitro do VAR que decide se é pênalti ou não é pênalti. Mas ele tem que chamar o árbitro do jogo. Eu estava no vestiário vendo o lance do Vitinho”, disse.
Demonstrando irritação com o lance, Renato Gaúcho declarou que não gosta de falar sobre arbitragem. No entanto, gostaria de explicações:
“Eu não costumo falar de arbitragem, porque empatamos e vão falar que o Renato está falando da arbitragem. Então, deixo para os especialistas mostrarem o lance e comentarem a cotovelada que o Vitinho tomou no fim do jogo. Se é um lance fora da área, o jogador é expulso. Eu já vi vários jogos que por menos o jogador é expulso. E tem que ser expulso”, disparou.
Com o empate, o Flamengo chegou a 46 pontos, 10 a menos que o líder Atlético-MG. Com dois jogos a menos e um confronto direto contra o Galo, não depende mais de si para ser campeão.
CONFIRA OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
Tropeço:
“É uma equipe que não vai ganhar todos os jogos. Não tem uma equipe nenhuma no mundo que vai ganhar todos os jogos. Todo mundo vai tropeçar. O Atlético-MG tropeçou hoje. Infelizmente nós também. A gente empatou um jogo que poderia reduzir a distância. Um jogo pegado, tentamos de todas as formas, mas infelizmente não conseguimos”.
Estratégia do Flamengo:
“É muito mais fácil no futebol se destruir do que construir. Quando você pega um adversário, você precisa virar o jogo rápido, fazer jogadas de linha de fundo, de preferência com jogadores que cabeceiem bem dentro da área. Não é só com o Flamengo. É difícil. Quando você encontra uma equipe que se propõe somente a entregar a se fechar, não buscar o gol, e eles têm todo o direito de fazerem isso, fica difícil.
Tanto é que muitas vezes você consegue furar o bloqueio, faz o gol e quebra a parte tática do adversário. Porque o adversário muitas vezes não sabe o que fazer e acaba tomando três, quatro ou cinco gols. Mas a proposta era essa de não tomar gol e, infelizmente, não fizemos o gol. Com as peças no departamento médico, mais opções, certamente, poderíamos nos ajudar nesta noite”.
Jornalista e Historiador, é apaixonado por futebol bem jogado. Já atuou na Rádio Roquette Pinto e como colunista no Goal.com. Siga no Twitter: @EuBrguedes