O Flamengo tem 4 jogadores que precisam jogar. Não importa como você fará isso e sim quando fará.
Por Ricardo Moura – Twitter: @MouraPalopoli
Comigo o papo é reto. Sem firulas, sem mapa de calor e sem números. Gosto do futebol bem jogado, aquele de 1970, onde Zagallo arrumou uma maneira de encaixar os feras, todos eles. Essa modesta introdução sobre a minha personalidade tem o intuito de abrir sua cabeça para uma situação que está em vias de acontecer. O Flamengo tem 4 jogadores que precisam jogar. Não importa como você fará isso e sim quando fará.
Não tem cabimento o senhor montar um time sem Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro. Os caras são diferenciados e no futebol brasileiro estão muito, mas muito acima da média. Então, querido amigo, abra a cabeça e permita-se essa ousadia de unir esses jogadores.
Leia também: Calma e tranquilidade
Se você quer por o Gabriel na ponta direita, problema seu. Mas vai ter que encaixar alguém dentro da área. Se acha que o Bruno Henrique pode fazer esse papel, ótimo. Se quer por o Arrascaeta pelo meio, maravilha. Se acha que Everton Ribeiro tem que jogar recuado, te entendo. A questão é que eles precisam jogar.
O grande problema é que o Campeonato Carioca, que não é parâmetro para nada, já está na sua quarta rodada e não temos a menor ideia do que o senhor pensa sobre futebol. Confesso que assisto aos nossos jogos procurando alguma coisa. As vezes acho que tem algo armado, planejado, que na hora H vamos ser surpreendidos por uma inovação estupenda. Mas não, a realidade é cruel. Um time sem estrutura tática, com um atacante que não consegue dominar uma bola, com uma teimosia em por atletas sem condição na função de segundo volante e alguns bons talentos escalados tentando resolver a partida na qualidade individual.
Abel, meu amigo, note que não estou te criticando, apenas pedindo um pouco de inovação. Não espero ver o Guardiola, mas não da pra teimar com quem não funciona. Sei o seu carinho por alguns atletas, mas peço um pouco de compaixão conosco.
Vamos ponderar:
Henrique Dourado: Infelizmente possui centenas de limitações. Uma equipe que pretende propor jogo não pode ter uma camisa 9 que não consegue dominar uma bola. Todo lançamento é um “Deus nos aguda”. A querida bola bate na canela, no joelho, nos braços e nada de morrer na grama. Diante disso a solução é contrariar os amantes da novo tendência: “O mapa de calor”. Gabriel tem mais qualidade técnica, finaliza muito melhor (por muitos o melhor finalizador do Brasil) e consegue dar alternativas abrindo espaço para o segundo volante ou jogadores de lado.
Willian Arão: Talvez sofra por ter na equipe o Dourado. Quando o Flamengo jogava com Guerrero, que possui muitas qualidades, a infiltração acontecia com mais tranquilidade. Guerrero ganhava bolas pelo alto e com isso desarmava as defesas adversárias, e favorecia Arão. Hoje, no esquema montado, ele já está queimado. As poucas virtudes estão sendo engolidas pelas grandes falhas.
Bruno Henrique X Berrio: Um quase foi para a Seleção e foi um dos melhores jogadores do Brasil em 2017. Outro fez uma boa jogada contra o Botafogo. Temos que ser honestos.
Vitinho: Precisamos dar tempo ao tempo. Está na hora de dar uma sumida do time, esperar a poeira baixar e encontrar aos poucos o bom futebol. Vamos lembrar que Berrio era tratado como “descartável”, após a contusão voltou como herói. Um tempo no banco fará bem.
Diego Alves: Talvez o grande acerto de Abel. Quase perdemos um grande goleiro.
Até a próxima e lembrem-se, tudo que está escrito ai é minha opinião, um flamenguista apaixonado que não aguenta ver seu time ter um atacante que não consegue dominar uma bola.
Saudações.
Ricardo Moura é jornalista e apaixonado pelo Flamengo. Não debate finanças e reluta em usar termos da moda, como terço final e mapa de calor. Acredita que o futebol e o Flamengo trabalham com a paixão e por isso esquece números e se apega ao lúdico do esporte.
*Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Alexandre Vidal / Flamengo
Ricardo Moura é jornalista e apaixonado pelo Flamengo. Não debate finanças e reluta em usar termos da moda, como terço final e mapa de calor. Acredita que o futebol e o Flamengo trabalham com a paixão e por isso esquece números e se apega ao lúdico do ...