Real Madrid e Barcelona são os dois clubes que disputam todos os títulos da Espanha ano a ano, com exceção de algumas temporadas. No Brasil, Flamengo e Palmeiras têm feito o mesmo nas últimas edições do futebol sul-americano, dividindo os principais títulos nacionais e internacionais. Por isso, a ‘espanholização’ do futebol brasileiro, no sentido de duas equipes terem o monopólio da disputa no país, tem sido debate frequente.
Para o jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, isso não deve acontecer no país. O profissional que tem vasto conhecimento sobre o futebol nacional enxerga como muito improvável que siga assim durante muitos anos.
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“Não acho que o Brasil terá Flamengo e Palmeiras como Real Madrid e Barcelona na Espanha. Não acredito nisso”, afirma, em entrevista ao Lance.
A opinião do comentarista sobre o assunto é muito importante. Isso porque PVC escreveu, por exemplo, o livro ‘Escola Brasileira de Futebol’. Na obra, o escritor denota bastante conhecimento sobre a história do jogo do país, bem como sua evolução, estilos distintos que chegaram ao Brasil e por meio de quais técnicos.
PVC acredita no técnico Vitor Pereira, mas se preocupa com política do Flamengo
O jornalista também comentou sobre o atual momento rubro-negro. Para PVC, é possível reverter o quadro e, caso vença o Carioca, Vitor Pereira ganha nova vida no Flamengo. No entanto, mostra preocupação com o ambiente político do Mais Querido.
“Vitor Pereira pode dar certo. Tem de dar uma virada, mas pode ganhar o estadual e seguir. Tudo pode. O Flamengo quebrou todos os paradigmas do futebol brasileiro. Inverteu sua relação dívida-receita. Saiu de R$ 800 milhões de dívidas e R$ 200 milhões de receitas para R$ 1,2 bi de receitas e R$ 250 milhões de dívidas. Só não quebrou um paradigma, o de evitar que a política de clube atrapalhe o trabalho de seus treinadores”, diz o jornalista.
Sobre o aumento de técnicos estrangeiros no Brasil, o jornalista entende que é hora do país conseguir uma nova safra de bons técnicos nacionais.
“Não há nenhum problema ter um técnico estrangeiro, mas se chegarmos à conclusão de que faltam talentos brasileiros, é preciso trabalhar para formar uma nova e brilhante geração aqui. É preciso que o Brasil volte a trabalhar para ter os melhores profissionais”, finaliza.