Marcos Braz deve escapar de punição no Flamengo e na Câmara
O vice-presidente de Futebol Marcos Braz não deve ser punido no Flamengo nem na Câmara Municipal, onde é vereador, pelo episódio no qual brigou com um torcedor no shopping. Braz é acusado de agressão pelo torcedor Leandro Campos, contra quem, por sua vez, prestou queixa de ameaça.
O exame de corpo de delito confirmou uma mordida na virilha do torcedor. Ou seja, a denúncia contra Braz tem chances de avançar na esfera policial.
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Entretanto, no Flamengo, nem sequer deve ser aberta uma comissão de inquérito contra Braz. A prerrogativa de abrir a investigação contra o dirigente é do presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista. Isso porque cabe a este conselho julgar em primeira instância infrações de sócios grandes-beneméritos ao estatuto.
Conselho de Ética da Câmara ouvirá Marcos Braz sobre briga
O Flamengo prevê suspensão de até 90 dias para quem “praticar vias de fato”. Entretanto, embora o artigo não seja específico que a punição só se aplica a quem cometer essa infração dentro das dependências do Flamengo, esse deve ser o entendimento adotado. Ainda mais depois que o vice-presidente jurídico e geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, saiu em defesa de Braz e disse que ele foi vítima de uma armação.
Já na Câmara, o Conselho de Ética marcou para a próxima terça-feira uma reunião para avaliar a conduta de Braz, na qual o vereador será ouvido. Mais do que a agressão em si, o órgão quer explicações sobre o fato de Braz ter registrado presença em plenário da Câmara, onde haveria votação, mas se envolver em uma briga no horário da sessão no Barrashopping, a 30 km de distância.
A princípio, Braz está sujeito às penas de advertência, suspensão ou até perda do mandato por quebra de decoro parlamentar. Entretanto, segundo o jornal “O Globo”, a certeza na Câmara é que Braz não sofrerá nenhuma punição. Isso porque Braz tem bom trânsito na Casa, e faz parte da Mesa Diretora da Câmara, como segundo vice-presidente.