Alessandro é um dos casos de atletas que fazem tanta história em um clube muitos esquecem seus time passados. ídolo do Corinthians, o ex-lateral foi revelado pelo Flamengo no fim da década de 1990 e tem mais de 100 jogos e títulos com o Manto Sagrado. Mas a história do jogador e atual dirigente não foi sempre de glórias, e ele passou por dificuldades antes de firmar como profissional no Rubro-Negro.
Em participação no “Charla Podcast”, o ex-meia Lê relembrou como Alessandro muitas vezes sequer participava dos treinos e classificou o ex-companheiro de Fla como pessoa de “maior perseverança” que ele já viu. Nascido em Assis Chateaubriand, no Paraná, o lateral ajudava sua família com trabalhos na roça durante as férias e depois retornava para seguir o sonho de ser jogador profissional.
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“Nosso time era eu, Alessandro, lateral-direito que foi para o Corinthians… Aquele cara ali é o cara de maior perseverança na vida. Enquanto a gente estava fazendo coletivo, ele ficava correndo fora do campo sem perspectiva de vida. Ele era roceiro de Assis Chateaubriand (PR). Dezembro a gente chegava e, quando a gente ia se falar, eu via aquela mão áspera. Só em dezembro, depois em janeiro e fevereiro já melhorava. Quando ele saia de férias ele ajudava na roça com a cana”, disse Lê.
Alessandro não só foi promovido aos profissionais do Flamengo, mas ficou no clube por cinco temporadas e realizou mais de 100 jogos com o Manto. Entre 1997 e 2002, o lateral entrou em campo 142 vezes, marcou nove gols e conquistou quatro títulos. São eles: Copa Mercosul (1999), Copa dos Campeões (2001) e o Tri do Carioca (1999, 2000 e 2001). Os três títulos entre 99 e 2000, aliás, ao lado de Lê.
Aliás, o lateral ficou marcado por cena rezando antes da cobrança de falta de Petkovic que garantiu a vitória e o tricampeonato estadual em 2001. Logo após a transmissão mostrar o lateral rezando e o narrador Luiz Carlos Júnior dizer “Reza, Alessandro”, o sérvio bateu a falta história para marcar contra o Vasco.
Depois de sua história no Flamengo, rodou por clube do Brasil e do exterior até chegar ao Corinthians em 2008. No clube paulista, Alessandro foi campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, sob comando do técnico Tite, e se tornou dirigente após a aposentadoria. Ele venceu dois Brasileiros (2015 e 2017) e dois Paulistas (2017 e 2018) como parte da diretoria.
Lê lembra história de superação de João Gomes no Flamengo
Além de comentar a história sobre Alessandro, Lê contou como João Gomes também deu a volta por cima na base do Mengão. Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil com o Manto, brilhando na Inglaterra e convocado para Seleção Brasileira, o volante tinha receio de não receber oportunidades no elenco estrelado do Flamengo.
“João foi por acidente, ele saiu lá da minha matriz. O João não acreditava que ia subir, ia junto com meu filho para o treino. E ele me falava: ‘Tio, eu não vou jogar nesse time’. Eu sempre falei que ele ia jogar, porque ele era um mutante já na base. Ele jogou de ponta, de 10, foi para jogar de camisa 8 e se encontrou de volante…”, disse Lê; Veja abaixo as falas sobre Alessandro e João Gomes:
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.