João Luis Jr: Como ainda esperar algo de bom do Flamengo em 2023?

14/08/2023, 09:54
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Mais triste que bicho de estimação ficando doente. Do que livro sobre a Segunda Guerra Mundial. Mais até do que aquele episódio em que o Chaves é expulso da Vila por um crime que não cometeu. Pior que assistir o filme “Aftersun” sozinho no Dia dos Pais. Assim podemos descrever a atuação do Flamengo nesse domingo (13), no melancólico empate em 1×1 contra os reservas do São Paulo em pleno Maracanã.

Porque depois da eliminação patética diante do Olímpia na última quinta-feira, a verdade é que se esperava algum tipo de reação. Fosse um pacto entre comissão técnica e jogadores que gerasse alguma guinada positiva. Ou então um quebra-pau generalizado envolvendo desde dirigentes até massagistas que lançasse de vez o clube no caos. Havia a expectativa por alguma mudança, de qualquer tipo, fosse ela pra melhor ou pra pior.

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Mas o que se viu em campo no Brasileirão foi, mais uma vez, o mesmo Flamengo desligado, desconectado e displicente. Que parecia ter menos vontade de vencer do que certos pais têm de participar da educação dos filhos ou pagar a pensão alimentícia em dia.

A defesa? Um amontoado de jogadores alérgicos a contato físico e incapazes de dar um combate. Como ficou claro, aliás, no gol tricolor em que Lucas Moura basicamente andou por entre o time rubro-negro até achar a posição para chutar.

O meio? Absolutamente dependente de qualquer lampejo de Arrascaeta, com Gerson desconfortável, Thiago Maia errando bastante e Everton Ribeiro vivendo momentos de imensa confusão mental. 

E já no ataque, o clima era de desespero, com Gabigol tentando voltar até o meio para ver uma bola de perto e Bruno Henrique dando seu máximo mas ainda assim incapaz de fazer a diferença num time absolutamente desarticulado.

Flamengo confuso e Sampaoli, perdido

Um time confuso e diversas vezes indolente, reflexo de um treinador absolutamente perdido e sem condição alguma de continuar, que está lá por obra de uma diretoria de futebol profundamente incompetente que é mantida por um presidente que está preocupado com tudo, menos com o Flamengo e seu torcedor.

Sim, o Flamengo joga mal, e por isso é impossível não criticar um time que nos últimos três jogos do Brasileirão sofreu sete gols e marcou dois, conquistando um ponto em nove. E a culpa cai sim nos jogadores, que parecem em sua maioria conformados com a situação, assim como no treinador incapaz de gerar melhorias ou mudanças na equipe.

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Mas não podemos nunca esquecer quem escolheu esse treinador, quem mantém essa comissão técnica, quem montou esse elenco, quem não começou a renovação na hora certa, quem passou a última janela de transferências forçando situações improváveis e terminou sem reforçar as posições mais carentes do elenco.

Porque se o Flamengo hoje é um time confuso, perdido e passivo diante das vergonhas e humilhações, é apenas a consequência, dentro de campo, de um clube sem comando, nas mãos de uma diretoria prepotente e que não sabe reconhecer o quanto errou. E assim, até que ela mude, são poucas as chances de que esse time vá mudar.


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