Invenções de Sampaoli: veja escolhas do técnico que já irritaram torcida
Depois de um início de temporada em que o clube perdeu todos os campeonatos disputados, o Flamengo optou pela mudança no comando técnico. Com a saída de Vitor Pereira, Jorge Sampaoli foi o escolhido pela direção para reconstruir e recolocar o time no caminho das vitórias. Mas com pouco tempo e em meio a sequência de jogos, o argentino ainda não conseguiu cair nas graças da torcida.
Há 18 dias no clube, Jorge Sampaoli comandou a equipe em apenas cinco jogos, onde conseguiu duas vitórias, uma delas a histórica goleada contra o Maringá, um empate, e foi derrotado em duas oportunidades. Conhecido por não repetir escalações e improvisar jogadores, algumas invenções irritaram parte dos torcedores. Confira:
Leia mais: ‘Anêmico, apático’: comentaristas do Posse de Bola criticam atitude de jogadores do Flamengo
Santos jogando adiantado
Uma das marcas de Sampaoli é a “paixão pela bola“, e o argentino prioriza a posse em todos os momentos do jogo. Desde que chegou ao Flamengo, o treinador pede para que Santos ajude na saída de bola, e o goleiro passou a se posicionar quase que como um terceiro zagueiro quando o time está com a posse.
Contra o Botafogo, Santos errou um passe e quase sofreu um gol do meio de campo, o que desagradou os torcedores. Na coletiva, Sampaoli explicou o novo posicionamento do goleiro: “A ideia com o Santos adiantado é ganhar um jogador a mais na saída de bola”, afirmou.
Insistência com Vidal
Contratado em julho de 2022, Arturo Vidal chegou ao Flamengo com status de grande reforço após mais de uma década de títulos no futebol europeu. Apesar de fazer bons jogos na temporada passada, o chileno não conseguiu corresponder às expectativas criadas pelo torcedor, e em 2023 caiu de produção junto com o restante do time.
Peça-chave e jogador de confiança de Jorge Sampaoli na conquista da Copa América pelo Chile em 2015, o volante tem moral com o treinador, e foi titular do Flamengo nas últimas partidas. No entanto, Vidal não tem entregado o suficiente e sua permanência na equipe é bastante contestada.
Leia mais: Menos de 12 horas após empate na Argentina, Flamengo treina no Rio
Arrascaeta e Bruno Henrique contra o Racing
A crítica mais recente por parte dos torcedores veio na partida contra o Racing, em Avellaneda. No duelo pela Libertadores, Jorge Sampaoli colocou Bruno Henrique e Arrascaeta aos 19 minutos da segunda etapa, ambos sem ritmo de jogo e sem o condicionamento físico ideal após retornarem de longo período de inatividade.
Na coletiva após a partida, Sampaoli afirmou que Bruno Henrique precisa jogar e ganhar minutos para recuperar a sua antiga forma. No entanto, ficou claro que não era o jogo adequado para isso.
Ayrton Lucas pelo meio
No dia da partida contra o Botafogo, Jorge Sampaoli foi pego de surpresa com a lesão de Gerson durante o aquecimento. Sem o volante, uma das peças-chaves do seu modelo de jogo, o treinador surpreendeu e escalou Ayrton Lucas no lugar do camisa 20, e o lateral atuou no meio de campo.
O que chamou atenção é que Ayrton Lucas não iria para a partida, ficaria de fora por conta da sequência de jogos, e Cebolinha o substituiria na ala esquerda. Mas com a saída de Gerson, Sampaoli utilizou o camisa 6 fora da sua posição de origem, em escolha que se mostrou equivocada, já que o Flamengo não conseguiu ter o controle do setor e Ayrton Lucas não teve uma boa atuação.
Leia mais: Teimosia de Braz deixa Flamengo sem lateral para próximo jogo da Libertadores
Marinho com mais minutos do que Garotos do Ninho
Assim, por último, um dos principais focos de insatisfação no curto período de Sampaoli no Flamengo é a sua insistência em Marinho. Depois de praticamente não jogar com Vitor Pereira, o atacante voltou a ganhar espaço e tem mais minutagem com o treinador argentino do que jovens como Matheus França e Matheus Gonçalves.
Enquanto os garotos tiveram boas atuações nas chances que tiveram na temporada, Marinho segue entrando mesmo com péssimas apresentações. Desde a chegada de Sampaoli, por exemplo, o atacante ex-Santos atuou por 137 minutos, e só não entrou em uma partida. Enquanto isso, Matheus França e Gonçalves tiveram 23 e 11 minutos, respectivamente.
28 anos, jornalista formado na FACHA. Sou apaixonado pelo Flamengo e esportes em geral, mas com foco no futebol e basquete.
