Hugo Souza fala sobre aprendizado com titularidade no Flamengo e dispara: 'Quero ganhar mais títulos'

11/03/2021, 11:42
Atualizado: 01/11/2023
Hugo Souza Flamengo

Mundo Bola Informação | Leandro Chagas  Figura importante na campanha do Octa, Hugo Souza colocou para sempre seu nome na história do Flamengo ao se tornar o goleiro mais jovem a conquistar o título do Brasileirão pelo clube. Em entrevista ao site “Lance!”, o camisa 45 analisou seus erros e acertos, falando também sobre os aprendizados adquiridos com a titularidade no Rubro-Negro. 

“A expectativa para 2021 é a melhor possível. Vamos melhorar os detalhes que precisamos. Temos muito a evoluir ainda, eu mesmo tenho muito a aprender, só tenho 22 anos e quero aprender sempre para me tornar um goleiro completo. Vou buscar isso todos os dias, trabalhando quieto no meu canto e aprimorando”, disse ele.

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Depois de iniciar 2020 como quarta opção no gol do Fla, Hugo Souza viu sua vida mudar rapidamente. Com as lesões no elenco e os problemas relacionados ao surto do Covid-19, o jovem arqueiro virou o reserva imediato Diego Alves, assumindo a posição titular na reta final do Brasileiro, após o experiente goleiro se lesionar novamente. 

Para continuar evoluindo, Hugo antecipou seu retorno das férias, se reapresentando na última terça-feira (09/03). Vale destacar que ele só precisaria voltar aos treinos no dia 15 de março.

“Acredito que eu preciso estar ainda melhor para essa temporada, preparado, e é assim que vou encarar para dar o meu máximo pelo Flamengo”, explicou.

Hugo Souza
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

Apesar do momento vitorioso da equipe rubro-negra, que conquistou sete dos 11 títulos que disputou nas últimas duas temporadas, o jovem atleta mandou para longe a ideia de uma possível acomodação. Hugo inclusive ressaltou uma passagem repetida constantemente pelos jogadores mais experientes do grupo, como Diego Ribas, Everton Ribeiro e Arão: “chegar ao topo é difícil, mas manter-se é ainda mais”

“Esse grupo é sensacional. A vontade de vencer é o que reina, é o mais importante. Independentemente do que a gente enfrente, das dificuldades, a gente está sempre querendo mais. O principal é isso, acredito que não tenha segredo. A gente não quer marcar um ano, uma temporada, e sim uma época vencedora, fazer história, como o próprio professor Rogério falou. Agora, temos que manter isso para que 2021 seja ainda melhor. Infelizmente, não conquistamos esses 11 títulos, mas foram sete e vamos brigar por tudo esse ano de novo, se Deus quiser”, falou. 

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Realização de um sonho no Flamengo

Mantendo os pés no chão, Hugo Souza falou sobre o sentimento de levantar um troféu tão importante, o que segundo ele, foi a realização de um sonho de infância.

“O título foi um sonho pra mim. Ser campeão jogando como profissional do Flamengo sempre foi um sonho. E quero ganhar mais títulos, a sensação de vencer é incrível, ainda mais com essa camisa, de um clube que se alimenta de vitórias e títulos. Fazer parte disso não tem preço. É um sonho de infância não só meu, mas da minha família e dos meus amigos. A ficha caiu depois de alguns dias, mas agora passou e vou trabalhar para buscar mais, com humildade, pés no chão e respeitando meus companheiros como sempre fiz”. 

Erros e lições

Durante a entrevista para o Lance, Hugo também falou sobre suas falhas, como no duelo da Copa do Brasil, contra o São Paulo. Ciente das suas responsabilidades, ele falou sobre as lições tiradas nestes episódios.

“Como disse, tenho 22 anos e um lastro muito grande de evolução. Dizem que o goleiro chega ao auge um pouco mais tarde, com 25, 26 anos, e vou trabalhar muito para atingir o meu o mais rápido possível, sem pular etapas, em relação à parte técnica, tática e física. E vou aprender também com os erros, usando eles como combustível para seguir em frente e não cometê-los mais”. 

Ainda em relação a isso, o camisa 45 também falou sobre os treinamentos voltados para a saída de bola com os pés, algo cada vez para a posição, e constantemente utilizado pelo Rubro-Negro nas últimas temporadas. 

“É uma coisa que, ao longo dos anos, evoluiu no futebol. Hoje, a gente até precisa participar da criação e da construção das jogadas usando os pés. É algo que tenho muito a melhorar, tive falhas durante a temporada, algumas acabaram sendo marcantes, mas só o trabalho do dia a dia vai consertar isso. Errar é humano, claro, mas não podemos cometê-los. Rogério e os nossos preparadores trabalham muito firme em cima disso”, finalizou. 

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Leandro Chagas
Autor
Bacharel em Jornalismo pela FACHA, e pós-graduando em Jornalismo Esportivo na UERJ. Mesmo com 24 anos, já posso dizer que fiz de tudo um pouco na comunicação. Atualmente trabalho na assessoria de imprensa da deputada Martha Rocha, e sou redator nos sit...