Governo do RJ defende manter Maracanã com Flamengo: 'Vasco não quis'
Nesta segunda-feira (24), o Governo do Rio de Janeiro se manifestou na ação do Vasco para impedir a renovação do Termo de Permissão de Uso (TPU) do Maracanã com Flamengo e Fluminense. O Vasco pediu realização de chamamento público para próxima renovação do TPU.
No entanto, a Casa Civil afirma que é inviável, pois seria necessária uma convocação com antecedência mínima de 30 dias. O atual Termo de Permissão de Uso de Flamengo e Fluminense termina nesta terça-feira. Dessa forma, as autoridades defendem a renovação com a dupla.
Leia também: Maracanã: Flamengo e Fluminense contra-atacam o Vasco na Justiça
Além disso, o Governo do Rio de Janeiro argumentou que realizou uma ampla consulta ao mercado antes de assinar o primeiro TPU, em 2019. Flamengo, Fluminense, Vasco e outras sociedades foram convidados para participar do processo.
Na época, de acordo com o governo, o Vasco manifestou desejo de utilizar o Maracanã apenas em jogos de grande apelo e retorno financeiro. Além disso, a Casa Civil afirma que o presidente cruzmaltino ressaltou que o clube não tinha interesse em administrar o Complexo Maracanã, que inclui o Maracanãzinho.
O Governo do Estado também disse que não existem irrularidades nas sucetivas renovações com Flamengo e Fluminense. Além disso, elogiou a postura dos clubes durante a pandemia de Covid-19 por arcarem “com os custos de manutenção do estádio mesmo sem saber quando poderiam retomar os jogos com público”.
Flamengo questiona interesse da 777 Partners na administração do Maracanã
Flamengo e Fluminense também se manifestaram sobre a renovação do TPU. Os clubes emitiram documentos de 29 páginas para defender que o Maracanã deve continuar sob administração da dupla. Um dos argumentos utilizados pelos advogados é que o futebol do Vasco é controlado pela empresa 777 Partners.
Assim, Flamengo e Fluminense afirmam que administram o Maracanã para satisfazerem seus torcedores, sem busca desmesurada por lucros. No entanto, o único interesse dos donos do Vasco seria “em torno da potencialização dos retornos financeiros da 777 PARTNERS.”