A chegada de um treinador estrangeiro em terras tupiniquins não é nenhuma novidade. No entanto, Jorge Jesus não foi como os demais que estiveram por aqui.
São muitos os adjetivos que podemos atribuir ao português, tais como revolucionário, ousado, exigente, dentre outros. Mas um é de extrema relevância e foi fundamental em 2019: perfeccionista.
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Em menos de um ano a frente do Flamengo JJ realizou modificações no CT, fez inúmeras mudanças nos treinamentos, exigiu contratações de jogadores, criou processos e implementou uma filosofia vencedora, tudo isso com o fito de montar um time vencedor. O futebol do Flamengo renascia em 2019, com uma nova mentalidade e um DNA vencedor.
Foram 57 jogos, 43 vitórias e 05 títulos. Uma série histórica de conquistas que marcaram época de uma geração de jogadores e torcedores, como ocorrido com o time de 81.
O Mister se foi. Outros treinadores vieram. E aquele processo foi brutalmente interrompido. Jogadores partiram, outros chegaram, títulos foram conquistados, mas aquela energia e aquele DNA vencedor, hoje está mais associado aos jogadores remanescentes que ao próprio clube.
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Ainda dá tempo de retomar o processo. E essa retomada começa pela mudança de treinador, mesmo que o time vença a Libertadores. Afinal, Renato está fazendo o que nem Ceni conseguiu: tirar o título brasileiro do Flamengo!
Fica a lição! Uma organização melhor visando 2022 pode garantir que tomadas de decisão por conveniência não se sobreponham àquelas que buscam uma consistência, exatamente como proposto e iniciado por JJ.
Com Jean Motta
Allan Titonelli é rubro-negro, amante do futebol, gosta de jogar uma pelada, assistir partidas, resenhas esportivas ou debater com os amigos sobre “o velho e violento esporte bretão”. Escreveu, ao lado de Daniel Giotti, o livro “19 81 – Ficou Marcado n...