Allan Titonelli: Desconfiança e Superação fazem parte do Flamengo
Um dos elementos que formam o Estado é a identidade cultural de seu povo. De outro lado, esse povo desenvolve determinados costumes que se tornam símbolos de uma nação. Portanto, esses símbolos fazem parte da cultura de um povo.
No Flamengo, que é formado por uma nação de torcedores fanáticos, a “raça” e o inconformismo com a derrota são símbolos da cultura do clube. Então, quando o time se apresenta de forma apática as cobranças chegam a galope.
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Todo Flamenguista se acostumou com a bipolaridade e os excessos de sua torcida. Na vitória é o melhor time do mundo, mas na derrota somos os piores, troca tudo.
Albert Einstein dizia que “Viver é como andar de bicicleta: É preciso estar em constante movimento para manter o equilíbrio.” Assim também acontece no futebol. Para construir um bom time precisa-se de treinamento constante e passar por todos os tipos de desafios para se manter coeso. Todavia, a derrota na Supercopa de 2023 para o Palmeiras, somado a atuações nada convincentes despertaram desconfianças no trabalho de Vitor Pereira.
De outro lado, como tudo na vida, superar uma dificuldade exige foco e “poder mental”, conforme já abordado nos textos “O Flamengo precisa de um novo coach mental” e “O desafio de Torrent”. E vamos precisar dessas qualidades para ter sucesso no Mundial.
A torcida parece já ter mudado a chave, o pessimismo deu lugar à esperança, principalmente depois dos recentes desfalques do Real Madrid. Verdade é que até os torcedores rivais estão amedrontados com as últimas partidas do Real, onde o clube Europeu não chega “tinindo nos cascos” como o Liverpool, mas é bom ressaltar que o Flamengo também não está naquele embalo de 2019.
Somente a fusão entre a força da torcida e a superação dos nossos jogadores fará com que o time ganhe mais esse caneco… e já ganhamos muitos outros títulos assim… “Mengo! Estou sempre contigo, somos uma nação. Não importa onde esteja, sempre estarei contigo.”
Allan Titonelli é rubro-negro, amante do futebol, gosta de jogar uma pelada, assistir partidas, resenhas esportivas ou debater com os amigos sobre “o velho e violento esporte bretão”. Escreveu, ao lado de Daniel Giotti, o livro “19 81 – Ficou Marcado n...