Contra o Palmeiras, Gabigol se consolida como novo camisa 10 da Gávea

Apesar de ter feito um grande jogo, Gabigol não conseguiu evitar a derrota do Flamengo contra o Palmeiras pela Supercopa do Brasil no último sábado (28). Todavia, sua atuação chamo atenção para além de seu seu poder de decisão.
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Com Vitor Pereira, Gabi será o camisa 10 do Flamengo
Diferente das primeiras partidas do ano, onde o Mais Querido iniciou o jogo no 4-4-2, Vitor Pereira mudou a formação rubro-negra para enfrentar a equipe paulista. Gabi atuou iniciamente como ponta direita ao lado de Arrascaeta e Pedro num 4-3-3.

Sem bola, a ideia era buscar gerar igualdade numérica na saída de bola palmeirense com os três jogadores de ataque e retomar rapidamente a bola. Entretanto, a ideia foi mal executada, muito por conta das dificuldades de cobertura defensiva.
Com a má execução da pressão na saída de bola, Gerson e Everton Ribeiro eram obrigados a auxiliar Varela e Ayrton Lucas pelos corredores laterais. Como resultado, o meio-campo se esvaziou e foi alvo de infilitrações palestrinas para finalização.
Ofensivamente, a ideia era sustentar melhor a saída de bola com Everton Ribeiro mais recuado. Mantendo a saída de três, o camisa 7 passou a apoiar mais Gerson para receber no meio e iniciar as construções.

Nesse sentido, Gabi era o homem-livre para circular pelo campo. Seja para receber no corredor lateral, bem como mais centralizado. Sua movimentação atraiu os adversários e gerou espaços em cadeia para seus companheiros serem acionados.
Além disso, Gabi vem refinando suas associações mais curtas com seus companheiros. Identificando com melhor precisão vantagens à serem exploradas nos gestos técnicos. Por exemplo: buscando mais passes nas janelas entre seus opositores para tabelas.
Após mudanças, Gabi se torna mais atacante
Após o Flamengo ter muitas dificuldades para se defender do Palmeiras na primeira etapa, Vitor Pereira voltou a usar o 4-4-2 como modelo base na segunda etapa. Com isso, Gabigol seguiu com liberdade para flutuar no campo, contudo, partindo do centro.

Assim, o jogador ficou condicionado mais às finalizações e marcou seu gol de bola rolando no jogo. Fruto da longa parceira com o setor ofensivo, como também de algumas dinâmicas que já podem ser vistas do novo trabalho técnico português no clube.
Ainda assim, o jogador se manteve sendo a peça central de criatividade da equipe. Apoiando seus companheiros ao longo de todo campo e ditando o ritmo dos ataques durante a segunda etapa.
Enfim, após os testes iniciais durante o Campeonato Carioca, o primeiro grande desafio em 2023 mostrou o quão influente Gabigol será para o Flamengo de Vitor Pereira. Mesmo mantendo seu faro artilheiro, o jogador possui muito mais influência no jogo e se tornou o termomêtro das ações ofensivas coletivas rubro-negras.
Um autêntico camisa 10 que centraliza o volume ofensivo da equipe às suas decisões. Que além de ser o “arco”, também pode ser a “flecha”.