Mesmo diante do pouco tempo que Paulo Sousa está no Flamengo já constatamos ser inquestionável seus conhecimentos técnicos sobre o futebol, além de possuir uma equipe multidisciplinar de assistentes extremamente qualificada.
A frustação da torcida em razão do não retorno de Jesus já foi atenuada. Talvez, seja consequência do fenômeno da transferência na psicanálise, em que substituímos o amor ou outra admiração, como solução dos problemas, sendo hoje nosso novo amor um novo técnico português, Paulo Sousa. Esperamos assim que repita o sucesso do seu conterrâneo.
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Concomitante ao processo de implementação da nova metodologia o time vai estrear no Carioca. Por óbvio, não veremos todas as mudanças que almejamos, até porque o Flamengo estreará com um time de garotos.
Todavia, não será surpresa um time organizado, como foi nas duas partidas iniciais da Copinha 2022, em que grande parte desses garotos estiveram presentes, sob o comando técnico de Fábio Matias, excelente treinador, vindo do Internacional.
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A reconexão do Mais Querido com sua Magnética sempre desperta paixões, ainda que em meio a disputa de um campeonato hoje considerado menor. O Flamengo vai em busca de seu inédito tetracampeonato consecutivo, apesar de ter sido tricampeão seguidamente por seis oportunidades:1942-43-44, 1953-54-55, 1978-79-79 especial, 1999-2000-01; 2007-08-09; 2019-20-21.
Dentro desse processo inicial é natural que o time oscile, o problema é que a paciência não é uma virtude da nossa torcida, a qual sempre esteve acostumada a vitórias, ainda mais recentemente, a partir de um processo em que o time se consolida entre os melhores do país e do continente.
Mas essa irracionalidade foi explicada por Sigmund Freud, o pai da psicanálise: “Estar apaixonado é estar mais próximo da insanidade do que da razão”.
Ainda bem que nosso técnico é conhecedor do amor, conforme declarou recentemente: “Sou romântico em todos os sentidos. No futebol e na estética. É a idealização de um amor próprio com o que fazemos e com a torcida”.
Então, só nos resta desejar que a lua de mel dure por bastante tempo nessa temporada.
Allan Titonelli é rubro-negro, amante do futebol, gosta de jogar uma pelada, assistir partidas, resenhas esportivas ou debater com os amigos sobre “o velho e violento esporte bretão”. Escreveu, ao lado de Daniel Giotti, o livro “19 81 – Ficou Marcado n...