Segue o jogo e o campeonato. Contra o tal Furacão confirmamos o que já era esperado, e que nem tudo é tão ruim no novo normal
Já que o jogo era só à tarde e a expectativa estava grande pra ver uma bola rolando em campo, submeti-me a ver a pelada entre nossos rivais caseiros. No fim, pelada foi um elogio pro que foi praticado no Engenhão nessa manhã. É incrível a quantidade de times brasileiros que praticam algo que, no máximo, se aproxima de futebol, porém, de modo prático, isso é até bom pro Mengão, quanto pior os outros, mais fácil fica a parada pra gente.
Assim como no jogo passado, tivemos também contra o Athletico Paranaense um auxiliar comandando o time à beira do campo. Troca de Jordis, sai o Guerrero e entra o Gris. Trocas constantes entre jogadores e membros da comissão técnica nos impedem de esquecer pelo menos por 90 minutos que estamos em meio a uma pandemia. Segue o jogo e o campeonato. Contra o tal Furacão confirmamos o que já era esperado, e que nem tudo é tão ruim no novo normal, até porque algumas coisas ainda seguem normais, como vencer o genérico do Paraná. Não adianta mudar de nome pra tentar fugir da freguesia.
Assim como no BR passado, os caras vieram pra cima da gente com o time reserva, talvez corajosos ou imprudentes, depende do ponto de vista que você aí do outro lado dessa crônica melhor entender. Mas com reservas ou não, era o que tinha pra hoje e vida que segue. Do nosso lado, uma surpresa não tão boa já na escalação: Vitinho no lugar de Lincoln. Lincoln vem de duas boas partidas e seria legal pegar uma sequência de jogos, já Vitinho, bom… foi o Vitinho de sempre.
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O jogo começou e, em menos de um minuto, Neneca, numa saída totalmente atrapalhada com os companheiros de defesa, mostrou que ainda falta uma maior intimidade com a pelota na hora de sair jogando, mas tem sorte. O carinha do Genérico recuperou a bola e, de frente pro gol, teve a proeza de chutar na trave, alívio nosso e do Neneca.
Diferente dos outros jogos em que a posse de bola era totalmente nossa, hoje os inimigos vieram marcando em cima e colocaram uma correria braba no jogo. A galera que acabou de sair de uma quarentena por conta do covid-19 teve que suar pra conseguir dar uma equilibrada, mas conseguiram. Apesar do apitador se esforçar pra nos prejudicar, inclusive inventando um pênalti contra nossa meta. Decisão esta que foi corretamente revista pelo VAR.
O Flamengo jogou o suficiente pra sair apenas com o empate da primeira parte do jogo. Não foi tão fácil quanto imaginei. Mesmo sabendo que com Vitinho escalado é como ter apenas dez em campo. E pra atrapalhar mais um pouco, Arão resolveu entregar algumas paçocas ali no meio-de-campo, complicando a vida da zaga que acusava com os olhos a saudade que estevam sentindo de Thiago Maia. Compartilhei esse sentimento com Noga e Natan durante os 90 minutos.
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Pra metade final do jogo, Vitinho ganhou a oportunidade de descansar um pouco no banco enquanto Everton Ribeiro colocaria a partida em seu devido patamar, ou seja, Flamengo na frente do placar. Miteiro entrou e logo o genérico percebeu que jogando 11×11 fica difícil nos parar. E foi.
Menos de 15 minutos e 2×0 no placar! Pedro, em grande fase, fez o que se espera de qualquer atacante: gol. Logo depois o zagueiro cabeça de bagre deles nos fez o favor de ficar com os braços abertos dentro da área. Pênalti e gol, assim como no ano passado, Bruno Henrique também fez questão de deixar o dele.
Como sair de campo levando gol parece ser lei nesse time, sofremos um pra deixar a partida com um pouco mais de emoção. Mas Everton Ribeiro pelo visto estava a fim de calmaria e resolveu matar o jogo. Assim como Neneca, ele provou que também tá com a sorte do lado ao chutar a bola, ela sofrer um leve desvio e ir parar no fundo da rede. 3×1!
Tudo normal. Que venha o Sport campeão do módulo amarelo de 1987!