A volta aos treinos e ações políticas marcaram essa última semana para o Flamengo e outros clubes cariocas.
A reunião de Bolsonaro no último dia 19 com Landim e Campello acabou dando o tom polêmico dos dias seguintes, envolvendo o futebol e governos municipal e estadual. O controverso retorno aos treinos, o apoio dos jogadores do Flamengo através de publicações de redes sociais e a aparente conivência das autoridades com a atitude foram destaque nos últimos dias.
A reunião de domingo, dia 24, entre Crivella, a Ferj e clubes cariocas adicionou mais um capítulo nessa movimentação em meio a crescente de casos e mortes pelo Covid-19 no estado do Rio. Foi dada oficialmente a permissão para os treinos, bem como a possibilidade do Campeonato Carioca já no dia 14 de junho. Em coletiva nesta segunda feira, o prefeito ressaltou que não haverá ainda relaxamento das medidas de afastamento social e que os jogos voltem junho sem torcida.
Vale lembrar que o Flamengo antecipou essa movimento com a realização de testes no elenco, e treinou sem a devida autorização das autoridades. Tal movimento, por sua vez, acaba reforçando a narrativa de Jair Bolsonaro da necessidade do retorno econômico, obviamente necessário, mas ainda precoce mediante os alarmantes números de vítimas fatais diariamente.
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Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, criticou a reunião de domingo e também o encontro dos dirigentes em Brasília com Bolsonaro.
Rodolfo Landim, por sua vez, em Carta Aberta que circula no Twitter, afirmou que o país está doente, não pela pandemia, mas por uma intolerância política, e que por conta de sua gestão precisa estar em contato com autoridades políticas, independente de suas orientações, e garantiu que suas preferências pessoais são resguardas em suas ações como presidente do Flamengo.
Segundo o último informativo, o estado do Rio de Janeiro já conta com 37 912 casos confirmados e 3993 mortes por Covid-19.