Zico é exaltado por Ancelotti em bastidor da Seleção: respeito ao ídolo do Flamengo marcou conversas com CBF

Com Carlo Ancelotti oficialmente confirmado como técnico da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, compartilhou um pouco mais sobre os bastidores do acerto com o italiano — e até Zico, ídolo do Flamengo, foi citado.
➕ Alex Sandro comenta Ancelotti na Seleção e elogia Rodrigo Caio: 'Excelente pessoa'
Para o mandatário da entidade que rege o futebol brasileiro, Ancelotti mantém uma postura discreta, mas acessível. Porém, assim como fez na coletiva do Real Madrid, não gosta de falar de um trabalho enquanto está desempenhando outro.

Autorizada pela Portaria SPA/MF Nº 2.104-12, de 30 de dezembro 2024 | Jogue com responsabilidade +18 | Conteúdo Comercial | Aplicam-se os Termos e Condições.
"A percepção que tenho é de uma pessoa acessível, mas dentro do momento dele. Às vezes, é muito contido, discreto. Quando está em um trabalho, não fala do outro", destacou Ednaldo ao "UOL".
Além disso, Ancelotti mostrou entusiasmo e conhecimento sobre o futebol brasileiro, segundo Ednaldo. Uma das preocupações levantadas pelo público após a confirmação do italiano seria um suposto desconhecimento sobre atletas que jogam no Brasil, algo que pode afetar as convocações.
"Não antecipa situações que pode estar avaliando. Mas uma pessoa alegre, brincalhona. Conhece futebol e todo mundo. E é muito entusiasmado pelo futebol brasileiro", explicou o presidente da CBF.
Entre os papos sobre o passado do futebol no país, Ancelotti também citou o nome de Zico, maior ídolo da história do Flamengo e um dos grandes nomes do esporte no Brasil. Segundo Ednaldo, o técnico mostrou bastante respeito pelas figuras históricas do passado.
"Fala de muitos atletas atuais e dos que já se passaram há muito tempo. Falou muito bem do Zico, do Falcão. Falou de treinadores como Parreira, que tem vontade de reencontrar o Parreira. Falou do Felipão", disse.
Após a confirmação de que o treinador estava fechado com a Seleção, o próprio Zico havia comentado o assunto e aprovado a chegada do italiano. Para o Galinho, Ancelotti "estava em primeiro lugar".
"Está mais do que acostumado a trabalhar com brasileiros, adora o futebol brasileiro, jogou com muitos brasileiros. E tem uma competência fantástica. Na minha cabeça, o nome dele sempre esteve em primeiro lugar. Fez muitos jogadores brasileiros se destacarem por onde passou", disse Zico na ocasião.
Por que Jorge Jesus não foi escolhido pela CBF?
Além do tema Ancelotti, Ednaldo também explicou o motivo pelo qual Jorge Jesus acabou preterido para o cargo. De acordo com o presidente, não havia previsão de que o português fosse liberado em uma data aceitável pela CBF.
"Não tínhamos certeza de que outros treinadores teriam também a disponibilidade que buscávamos como data máxima, que era 26 de maio. Terminou acontecendo, no caso do Jorge Jesus, de ele sair antes — mas a previsão dele era ir até o Mundial de Clubes", explicou.
Assim, como todos estavam basicamente na mesma situação, Ednaldo disse que optou por manter a negociação que já tinha encaminhada, com Ancelotti.
Ele citou até o acordo anterior entre as partes, que não foi adiante pela suspensão de Ednaldo do cargo de presidente. Com o retorno, o documento pôde ser confirmado entre as partes.
"Se estavam todos dentro dessas diretrizes, fiz a opção de manter a linha desde lá atrás por já ter tratado das questões de contrato — até porque havia um contrato. Não tinha nada novo [com Ancelotti]", afirmou.
Por fim, Ednaldo explicou que trocar de alvo forçaria o processo a recomeçar, o que afetaria diretamente a Seleção. A cerca de um ano da Copa do Mundo, a CBF tinha pressa para fechar com um nome convincente.
"Teria de partir do zero [com os outros], falar com o clube, conversar. Foi assim com o próprio Real nessa situação", finalizou Ednaldo Rodrigues.
Enquanto a Seleção se preocupa com Ancelotti, Zico será mais um dos espectadores na Nação para o jogo decisivo do Flamengo nesta quinta-feira (15), na Libertadores, contra a LDU-EQU. A bola rola no Maracanã às 21h30 (horário de Brasília).