Zico comenta sobre assalto durante Olimpíadas de Paris e mostra chateação com COB: 'Ninguém falou comigo'
Após mais de cinco meses de ser assaltado em Paris antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o maior ídolo da história do Flamengo, Zico, detonou a conduta do Comitê Olímpico do Brasil (COB) sobre o caso.
O Galinho participou durante toda a edição do programa "Redação Sportv", nesta sexta-feira (27) e afirmou que não recebeu nem uma ligação dos dirigentes da entidade sobre o assunto. Zico ainda aponta que teve que arcar com os custos de sua hospedagem em outro hotel após o assalto.
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"Fiquei muito agradecido pelo convite, homenagem, mas às vezes você está preparado para uma coisa e acontece outra (...) Fiquei muito chateado porque até hoje ninguém do COB, nem presidente, pessoal de lá, veio falar comigo. Não deram uma ligação para saber e tal, isso é chato. Responsabilidade muito grande que eles tiveram. Não teve ninguém (dos padrinhos) que ficou no hotel, todo mundo saiu do hotel (por conta da segurança). O outro hotel fui eu que custeei", disse o eterno 10 da Gávea.
Zico narrou como aconteceu o assalto
O ex-jogador foi escolhido para ser o Embaixador do Time Brasil em Paris, no mês de fevereiro. O COB buscava ter no posto um ídolo do esporte brasileiro e que nunca tinha disputado uma Olimpíada.
Zico jogou um Pré-Olímpico para os Jogos de Munique, em 1972, mas acabou não sendo convocado. O Galinho criticou o local escolhido para hospedagem e contou como aconteceu o assalto.
"Houve um erro do local que foi colocado os embaixadores e padrinhos. Local que, a meu ver, não tinha nada a ver. Era um lugar perigoso, senti falta de segurança. Não tinha nenhuma segurança. O carro que levou a gente era alugado, não tinha passagem (credencial) para outros lugares. Pessoas inexperientes, eram garotos, jovens, dirigindo. Então eu tive que trocar de hotel, porque ali não tinha segurança. No momento que fui trocar de hotel, coloquei as malas no carro, alguma pessoa veio na frente e começou a falar com o motorista, e o motorista não entendia nada de francês. Eu entendia alguma coisa, ele estava dizendo que o carro estava mal estacionado. E não estava, ele estava tirando nossa atenção. Aí, com as malas no carro, outro cara veio atrás, abriu, levantou e tirou a mala de mão da Sandra. Foi questão de dois minutos", detalhou o ídolo rubro-negro.
Zico também disse que o caso ainda corre na justiça e lamentou o rouba da mala da sua esposa, que continha pertences valiosos.
"As coisas dela estavam ali, eram coisas valiosas, valiosas de sentimental, de presentes que eu tinha dado em datas importantes. E isso acaba contigo, estragou a experiência dos jogos. Fiquei seis horas nas delegacias, fui em duas delegacias, veio um advogado do COB para dar uma força. Estão ainda vendo, parece que prenderam os dois caras, e a gente está na luta", concluiu.
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