Wydad ou Al Hilal: conheça os possíveis adversários do Flamengo no Mundial
A FIFA sorteou nesta sexta-feira (13) as chaves do Mundial de Clubes 2022, que acontece de primeiro a 11 de fevereiro de 2023. O Flamengo estreia em sete de fevereiro, já na semifinal. O adversário do Rubro-Negro vai sair do confronto entre Al Hilal, da Arábia Saudita, e Wydad Casablanca, do Marrocos.
Assim que o chaveamento foi conhecido, os torcedores do Flamengo começaram a buscar informações sobre os dois clubes que podem bater de frente com o Rubro-Negro. De um lado, o Al Hilal, campeão da Copa dos Campeões da Ásia de 2021. Os sauditas garantiram vaga pois a edição atual da Champions League ainda não acabou.
Leia Mais: Fifa define datas e confrontos do Mundial de Clubes
Do outro lado, o time da casa. O Wydad Casablanca é o maior campeão do Marrocos, mas também o time com maior torcida. Está no mundial, pois venceu a Copa dos Campeões da África em 2022. Caso passe pelo Al-Hilal, fara um confronto incrível com o Flamengo em Tangier, em sete de fevereiro. O Mundo Rubro Negro traz um raio X dos dois clubes a seguir.
Al-Hilal (Arábia Saudita)
Fundado em 1957, o Al Hilal tem 18 títulos da liga saudita, 13 da Taça da Arábia, mas é tetracampeão da Copa dos Campeões da Ásia. O elenco ainda é majoritariamente local, com 27 sauditas, dois brasileiros, e um jogador da Argentina, Nigéria, Peru, Mali, Coreia do Sul, Colômbia.
O técnico argentino Ramon Diaz é um velho conhecido do Al Hilal. Ele está na sua segunda passagem pelo comando do clube. Nas temporadas 2016/2017 e 2017/2018, o retrospecto foi positivo, com 24 vitórias em 46 jogos. A curiosidade é que Ramon Diaz teve uma quase passagem pelo Brasil em 2020.
Na ocasião, ele assinou com o Botafogo, mas jamais dirigiu o time. Com um problema de saúde, Diaz mandou o filho, que perdeu os três jogos em que trabalhou e acabou demitido. Apesar desse contratempo, Diaz tem no currículo o título da Libertadores de 1996 com o River Palete, clube em que iniciou a carreira de treinador. No Al Hilal, Diaz venceu três ligas da Arábia.
No elenco, o destaque do Al Hilal é o ex-Flamengo Michael, mas também o nigeriano Odilon Ighalo e o argentino Luciano Vietto. Outro ex-Flamengo que é titular do Al Hilal é o volante colombiano Cuellar, que deixou o Rubro-Negro em 2019. Outro destaque é o saudita Salem Al Dawasari, que marcou o gol da vitória árabe sobre a Argentina, na Copa do Mundo do Catar.
Flamengo e Al Hilal são velhos conhecidos do Mundial de Clubes. Em 2019, o Rubro-Negro bateu o clube saudita por 3 a 1, de virada. Naquele 17 de dezembro de 2019, Dawasari marcou aos 18 minutos, mas Arrascaeta empatou aos quatro do segundo tempo. Bruno Henrique virou aos 33 e Al-Buhaili fez contra aos 36.
Wydad Casablanca (Marrocos)
O clube mais popular do Marrocos, um país que ama futebol, vai fazer muito barulho no Mundial de Clubes. A torcida do Wydad é conhecida pelos cantos com tons políticos e os mega mosaicos. No campo, o time vive um grande momento, já que se sagrou campeão africano em 2022. Em geral, o Wydad tem 23 títulos nacionais e nove Taças de Marrocos. No âmbito continental, são três títulos da Copa dos Campeões.
Aliás, o técnico que montou o time atual do Wydad foi nada menos do que o franco-marroquino Walid Regragui, que levou Marrocos ao quarto lugar na Copa do Mundo do Catar. O time atual ainda segue os preceitos do ex-técnico, mesmo um ano após a sua saída.
O treinador atual, Hussein Amotta, de 51 anos, é um velho conhecido do clube marroquino. Ele trabalhou no Wydad entre 2016 e 2018, mas saiu para trabalhar na Seleção Marroquina. Quando Walid saiu, Amotta assumiu seu lugar e levou o time ao título continental.
O elenco do Wydad conta com o talento dos jogadores locais, pois 23 atletas são marroquinos. Há ainda um jogador de Senegal, um de Mali, um do Congo, um do RD Congo, um da Argélia, mas também um francês. Os destaques são os três marroquinos convocados para a Copa do Mundo.
O goleiro Tagnaouti, o meia Jabrane e o lateral-esquerdo Attiat-Allah estiveram no Catar, mas eram reservas. Para o Mundial de Clubes, o Wydad vai confiar no conjunto, mas principalmente no fator casa e na sua poderosa e barulhenta torcida.