O momento do clube é totalmente político, e a tendência é aumentar conforme as eleições se aproximam. Recentemente, Rodrigo Tostes, em entrevista o Paparazzo Rubro-Negro, disse que um presidente despreparado e que não deseja profissionalizar o clube, pode quebrá-lo em três meses. O assunto rendeu, e o ex-VP de finanças do Flamengo, Wallim Vasconcellos, falou com o MRN e rebateu a aspa.
Wallim participou de um evento organizado pelo Museu da Pelada com os ex-jogadores Nélio e Lê, crias do Flamengo, no Cobal do Humaitá, na noite da última terça-feira (16). Com cobertura do MRN nas redes sociais, Wallim Vasconcellos respondeu algumas perguntas. Entre elas, a declaração de Rodrigo Tostes. O ex-VP que formou chapa com Landim em 2015 discorda de Tostes.
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“Quebrar o Flamengo em três meses, o cara tem que ser muito ruim mesmo. Até porque você tem, primeiro, um orçamento aprovado. Você não pode gastar mais do que está no orçamento. Segundo, qualquer projeto mais grandioso tem que passar pelo Conselho Deliberativo. Pode ter algum dano ao clube? Pode, mas não é um dano para quebrar o clube em três meses”, inicia, antes de chamar a declaração de Tostes de exagerada.
“Acho muito improvável. Até porque o presidente também é responsável. Jamais tomaria medidas para causar qualquer prejuízo financeiro ao Flamengo. Acho que o Flamengo pode estagnar, não crescer muito, dependendo da chapa que ganhar. Mas quebrar em três meses foi um exagero do Rodrigo, ele sabe que isso não pode acontecer”, diz Wallim.
Wallim aprova nomeação de Demian Fiocca como vice-presidente de finanças
Como ocupou o cargo, também questionamos Wallim sobre a nomeação de Demian Fiocca, ex-presidente do BNDES, como VP de finanças. Ele aprova o nome, mas faz ressalvas quanto ao cargo.
“Demian é um cara experiente, foi presidente do BNDES. Entende da pasta de finanças. Agora, eu sou realmente favorável a que os VP’s não interfiram no dia a dia. A função do Demian vai ser mais dentro da diretoria, discutir os assuntos e eventualmente, algum assunto mais estratégico, dentro da pasta de finanças, que ele possa ajudar. O Flamengo está bem servido com a escolha dele”, explica.
Ex-VP ainda não assumiu lado nas eleições
Nas redes sociais, Wallim Vasconcellos publicou que ainda não assumiu lado para as eleições entre MGM, Dunshee e Bap. Para que isso aconteça, ele deixou uma lista com dez questionamentos, como estádio, voto à distância, novo estatuto, governança e etc. Ele segue sem definir seu apoio e aguarda as propostas para entender o que é melhor para o Flamengo.
“Não, nenhum candidato. Não é só responder as perguntas. Tem que ter o compromisso público do que ele vai fazer. Os projetos, o que pretende. Assinar em cartório, registrar, assinar e mostrar publicamente para a gente poder cobrar desse candidato, nos próximos três anos, se ele está fazendo o que ele prometeu. É isso que qualquer sócio e torcedor almeja. Que o candidato assuma seus compromissos. Até para a gente poder escolher o melhor candidato. Cada um vai ter seus projetos e compromissos, o associado poder votar melhor”, ressalta.
O que disse Rodrigo Tostes
A fala de Rodrigo Tostes se deu ao Paparazzo Rubro-Negro, e agora também ex-VP de finanças, que deixou o cargo da gestão Landim nos últimos dias, explicou apoio a Bap e surpreendeu com a declaração de que um presidente ruim poderia quebrar o clube em três meses.
“Se meu pai, a quem amo de maneira incondicional e agradeço todos os dias por ser rubro-negro, fosse candidato contra o Bap eu votaria no Bap. Pela governança atual do clube, o presidente quebra o clube em menos de três meses se não souber gerir. Além disso, fazer o Flamengo evoluir é fundamental. O ‘negócio futebol’ mudou muito nos últimos anos e, caso não façamos a profissionalização 100%, não vamos aproveitar as oportunidades desse novo mercado. O Bap é a pessoa certa para esse momento do clube e o time de apoio vai ser fundamental nesse processo de evolução”, diz.
