Wallim indica ser contrário à compra do Leixões; sócios pedem instauração de inquérito
O sonho do estádio próprio não é o único que perdura na Gávea, mas também a compra de um clube na Europa. Mais especificamente em Portugal, onde o Flamengo vem estudando a possibilidade nos últimos anos. O Tondela foi um clube especulado, mas é o Leixões, que atualmente joga a segunda divisão, que está perto de ser comprado. No entanto, o pré-candidato à presidência Wallim Vasconcellos discorda da aquisição.
Nas redes sociais, o ex-vice-presidente de finanças aproveitou sua força no tema financeiro para se posicionar de forma contrária a compra do Leixões. Wallim justifica seu posicionamento alegando que a compra pode ocasionar um déficit financeiro indesejável no clube.
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Isso porque o foco atual é no estádio, e o clube já desembolsou R$ 138 milhões só pela compra do terreno do Gasômetro. Wallim teme que o foco seja desviado, e entende que arcar com as duas despesas ao mesmo tempo, pode prejudicar o clube.
“O foco de todos têm que ser a construção do estádio, uma operação gigantesca e complexa que materializará o sonho da Nação. Qualquer outro projeto causará uma distração e poderá afetar a saúde financeira do clube, conquistada com muito suor”, escreve Wallim Vasconcellos em sua conta no X, compartilhando uma publicação sobre a possível compra do Leixões.
Conselho Deliberativo do Flamengo desconhece compra do Leixões
Para viabilizar a compra, é preciso aprovar no Conselho Deliberativo (CoDe) do clube. De acordo com a Folha de S.Paulo, o clube esperava concluir a negociação nesta quinta-feira (15), anunciando a parceria oficialmente após a aprovação.
No entanto, o Mundo Bola apurou que não existe nenhuma reunião do Conselho convocada para essa data, que, inclusive, marca jogo decisivo do time na Copa Libertadores, contra o Bolívar. A apuração também é de que os conselheiros não tiveram qualquer informação sobre a possível compra do Leixões por parte do Flamengo.
Conselheiro do Flamengo, Gil Barros corrobora com a apuração nas redes sociais. Isso porque o Gil garante não ter ideia sobre o processo, se mostrando assustado com a matéria veiculada.
“Não é possível que seja verdade. O Flamengo não confirmou essa transação. Tem 3 possibilidades: 1) alguém enganando o Leixões; 2) alguém enganando o Flamengo ou; 3) a imprensa enganando a todos”, escreveu o conselheiro Gil Barros no X.
O pagamento do Flamengo seria de 10 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões).
Sócios do Flamengo pedem instauração de inquérito
Em sua conta no X, o jornalista Renan Moura contribuiu com mais informações, garantindo que sócios do Flamengo, após as notícias sobre a compra do Leixões, teriam pedido a Antonio Alcides, presidente do CoDe, a instauração de uma Comissão de Inquérito no caso da confirmação da compra, ou mesmo que tenha existido algum adiantamento.
Ou seja, os sócios desejam descobrir se o Flamengo investiu qualquer valor de forma prévia à compra do Leixões sem passar pelo CoDe. Caso o investimento para compra de quase 57% da empresa que detém o controle da SAF do clube português, a Play Fair, seja confirmado, os Sócios pedem punição pela infração do Estatuto do clube.
Em um primeiro momento, o presidente do CoDe não tomou medida alguma, alegando que não chegou nada sobre as afirmativas. Vale lembrar que Antonio Alcides é primo do presidente Rodolfo Landim.