VP de Esportes Olímpicos do Flamengo critica transparência financeira do clube
Guilherme Kroll, que acabou de assumir o cargo de VP de Esportes Olímpicos do Flamengo também criticou projeto que auxilia o clube
Nessa segunda-feira (30), vieram à tona declarações polêmicas do VP de Esportes Olímpicos do Flamengo, Guilherme Kroll. Em vídeos que circularam pelas redes sociais, o novo dirigente do clube critica veementemente a prática das gestões anteriores. Em sua fala, Kroll discorda da transparência adotada pelo Mais Querido. Além disso, também manifestou a sua insatisfação com a Lei de Incentivo ao Esporte.
Vídeo que critica austeridade é de 2015
O vídeo em questão não é atual. Ele foi produzido em 2015, na corrida eleitoral pela qual a instituição passava. Na ocasião, ele pertencia à chapa de Cacau Cotta, atual Diretor de Relações Exteriores, muito criticado por falas elitistas referentes aos protestos realizados pela torcida na Gávea.
Kroll afirma, enfaticamente, que não concorda com a atitude do clube em ser transparente e admitir que a situação financeira do momento não era a das melhores. Na sua visão, tal conduta atrapalharia nas negociações com potenciais investidores. “Eles falaram que o Flamengo, ou pagava as dívidas, ou fechava as portas. Eles afugentaram quem quisesse botar dinheiro no clube para fazer ele campeão”, disse o VP.
Vale lembrar que, a partir do princípio adotado pela gestão capitaneada por Eduardo Bandeira de Mello, que se baseava na reestruturação financeira, contenção de gastos e transparência, o clube voltou a ser respeitado no mundo dos negócios. Em maio de 2013, o Mais Querido acertou um contrato com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 25 milhões. Mesmo ano em que foi fechado o acordo com a Adidas no valor mínimo de R$ 30 milhões.
VP de Esportes Olímpicos do Flamengo também atacou lei que auxilia o clube
Em outra declaração concedida, essa em entrevista para um canal no YouTube, Kroll atacou duramente a Lei de Incentivo ao Esporte. “O basquete conquistou vários títulos com verbas oriundas da Lei de Incentivo ao Esporte. Essa lei é uma das maiores vergonhas desse país. A verba dessa lei deveria ser destinada ao esporte de inclusão social, não ao de excelência”, protestou o dirigente.
O programa do Governo Federal é o principal pilar para o projeto “Anjo da Guarda Rubro-Negro“. Ele consiste na transferência de 6% do imposto pago pelo cidadão flamenguista para sete modalidades diferentes dos Esportes Olímpicos do Flamengo. O menor valor para contribuição é de R$ 150. Essa prática é viabilizada somente por conta da instauração da lei que Kroll disse não concordar.
Sancionada em 2006, a Lei de Incentivo ao Esporte permite que empresas e pessoas físicas destinem parte do que pagariam em imposto de renda para projetos sociais voltados para o esporte. Todos eles precisam ser aprovados pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
O Mundo Rubro Negro entrou em contato com a assessoria de imprensa do Flamengo em busca de um posicionamento acerca da polêmica que surgiu nessa segunda-feira. Até o fechamento dessa matéria, não obtivemos resposta.
Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Divulgação