Vôlei feminino do Flamengo, uma história de conquistas e um futuro promissor

O vôlei feminino do Flamengo é um dos pilares que sustentam a força do clube como potência poliesportiva. Está entre as categorias mais destacadas do Fla nos esportes coletivos, superando com folga inclusive a categoria masculina.

Títulos, conquistas, grandes feitos, pioneirismo e, claro, grandes jogadoras fizeram e fazem parte da trajetória campeã do vôlei feminino rubro-negro.

Atualmente o Fla disputa a Copa Brasil de vôlei, espécie de Copa do Brasil da modalidade, para qual se classificam apenas as 8 melhores da Superliga, em jogos mata-mata.

Assim como no futebol, o Fla vem fazendo bonito na competição deste ano, estando com vaga assegurada nas semifinais.

➕ Renato Abreu: de Canelada a Urubu Rei

A tradição do vôlei feminino do Flamengo

O Mengo conta com uma longa tradição no voleibol feminino, sendo um dos membros fundadores da Liga Metropolitana em 1938. 

Já no primeiro ano, alcançou seu primeiro título na modalidade com a equipe feminina, que, ao longo das décadas de 40, 50 e 60, acumulou diversos campeonatos, sendo carinhosamente apelidada de “Rolinho Compressor da Gávea” e também de “Campeã das campeãs”.

A equipe pioneira de vôlei feminino do Flamengo conquistou também o pentacampeonato da Taça Brasil, considerada o Campeonato Brasileiro da época, nos anos de 1948, 1949, 1950, 1951 e 1952. 

Essa notável conquista trouxe enorme notoriedade à equipe do Flamengo, que foi a primeira da história do vôlei feminino brasileiro a realizar viagens internacionais. 

Principais títulos do Flamengo no vôlei feminino

Como era de se esperar, o vôlei feminino do Mais Querido tem uma extensa galeria de conquistas, com títulos regionais, nacionais e internacionais.

Confira abaixo o nosso cartel:

• Campeonato Sul-Americano de Clubes: 1981
• Superliga Brasileira: 1978, 1980 e 2000
• Superliga Brasileira – Série C: 2018
• Taça Brasil de Voleibol Feminino: 1948, 1949, 1950, 1951 e 1952
• Campeonato Carioca: 1938, 1951, 1952, 1954, 1955, 1978, 1979, 1981, 1984, 2020, 2021, 2022 e 2023

O último título conquistado, aliás, teve sabor especial, já que foi em cima do Fluminense, talvez o maior rival local do Flamengo na modalidade.

Como noticiado por aqui, o sexteto do Fla não tomou conhecimento da equipe tricolor, vencendo a partida final do Campeonato Carioca por 3×0. Um dos destaques da partida foi Sabrina, que marcou pontos decisivos e regeu o time rumo à vitória histórica.

Como está o vôlei feminino do Flamengo hoje?

A exemplo do futebol e até do basquete, o vôlei feminino do Fla está em uma ótima fase, sempre disputando os principais campeonatos.

A equipe é a atual semifinalista da Copa Brasil, depois de ter vencido o Barueri no dia 23/01 por 3 x 0, com parciais de parciais de 25/8, 25/18 e 28/26. O adversário da próxima fase é o Dentil Praia Clube.

Lembrando que o time ainda é treinado por Bernardinho, que hoje se divide no comando técnico do SESC Flamengo e da seleção brasileira.

Aliás, na última partida, o técnico esteve impossibilitado de permanecer junto à quadra, em razão de uma cirurgia na vesícula.

Quanto ganha uma jogadora de vôlei feminino do Flamengo?

Embora esportivamente o vôlei feminino rubro-negro seja uma potência como é o futebol, fora das quadras a realidade é um pouco diferente.

Não há muitas informações, mas, a julgar pelo levantamento do site Salário.com, a média salarial das jogadoras no Rio é de cerca de R$ 12 mil.

Claro que, no caso do Flamengo, como informa o site, trata-se de uma equipe com atletas de ponta, com muitas jogadoras de seleção. Por isso, a faixa salarial sobe consideravelmente, ficando entre R$ 80 mil e R$ 150 mil.

Qual é o time de vôlei feminino do Flamengo?

A equipe feminina do Fla está entre as mais fortes do Brasil. O elenco conta com nomes de peso em todas as posições. Confira:

Levantadoras:

• Brie King (Canadá)
• Rosely Nogueira (Brasil)

Ponteiras:

• Michelle Pavão (Brasil)
• Gabiru (Brasil)
• Veronica Jones-Perry (Estados Unidos)
• Helena Wenk (Brasil)

Opostas:

• Sabrina Machado (Brasil)
• Kimberlly Gomes (Brasil)

Centrais:

• Juciely Barreto (Brasil)
• Valquíria Dullius (Brasil)
• Adria Júlia Silva (Brasil)

Líberos:

• Marcelle Silva (Brasil)
• Laís Vasques (Brasil)

Os destaques do elenco são Brie King, a levantadora canadense que é uma das melhores jogadoras do mundo na sua posição.

Conta também com a força de Michelle Pavão, ponteira com grande experiência e que já foi campeã olímpica.

Outro destaque é a oposta Sabrina, uma das promessas do vôlei nacional, além da central Juciely, outra medalhista olímpica.

SESC Flamengo vôlei feminino: uma parceria de sucesso

Os rubro-negros mais conservadores talvez estranhem ao ver a equipe feminina de vôlei ser anunciada como SESC Flamengo e não apenas Flamengo.

Na verdade, a equipe atual vem de uma parceria firmada entre o SESC, equipe fundada por Bernardinho em 1997, então com o nome de Rexona. 

No vôlei, é comum que as equipes sejam chamadas com os nomes de seus patrocinadores, um reflexo do maior profissionalismo que existe no esporte.

Depois de uma trajetória de sucesso ao longo de mais de 25 anos de existência e de mudar de nome (e até de sede) diversas vezes, Bernardinho decidiu então juntar forças com o Flamengo em 2020, fundando uma nova equipe, o SESC Flamengo.

Grandes jogadoras de vôlei que fizeram história no Mengão

Uma história vitoriosa não se faz sem grandes atletas e o vôlei feminino do Mengo está repleto delas. Relembre a seguir algumas das maiores jogadoras de todos os tempos do Mais Querido e seus feitos de destaque.

Virna

Virna Dias é uma das maiores jogadoras de vôlei da história do Brasil. Começou a jogar vôlei aos 12 anos de idade, e seu primeiro clube foi o Bradesco/Atlântica, em 1985. 

Em 1988, foi convocada para a seleção brasileira pela primeira vez, aos 19 anos de idade.

No Flamengo, Virna jogou por três temporadas, de 1999 a 2001. Foi durante esse período que ela conquistou o título mais importante de sua carreira, a Superliga Feminina de Voleibol de 2000/2001. 

Na final, o Flamengo venceu o Vasco por 3 sets a 2, em uma partida emocionante que foi decidida no tie-break, com Virna sendo eleita a melhor jogadora da partida.

Leila

No Flamengo, Leila atuou entre 1999 e 2001, conquistando o Campeonato Brasileiro de 2000 e o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro de 2000. Ela também foi eleita a melhor jogadora do Campeonato Brasileiro de 2000.

Na seleção brasileira, atuou entre 1990 e 2000, conquistando duas medalhas olímpicas, uma de bronze em Atlanta-1996 e outra de bronze em Sydney-2000. 

Ela também conquistou três medalhas de ouro no Campeonato Mundial, em 1994, 1998 e 2002, além de uma medalha de ouro na Copa do Mundo, em 1999.

Fabi

Fabiana Alvim de Oliveira, mais conhecida como Fabi, é uma das maiores jogadoras de vôlei da história do Brasil. 

Cria da Gávea, iniciou sua carreira no Flamengo em 1992, aos 12 anos de idade. No Fla, Fabi conquistou diversos títulos, incluindo o Campeonato Brasileiro de Voleibol Feminino, a Copa do Brasil de Voleibol Feminino e o Torneio Internacional de Voleibol Feminino.

Pela seleção, conquistou diversas medalhas, incluindo duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Verão, em Pequim 2008 e Londres 2012.

Isabel

Também cria do vôlei feminino do Flamengo, Isabel atuou pelo clube por 12 anos, conquistando dois títulos do Campeonato Brasileiro de Voleibol, em 1978 e 1980.

Teve uma brilhante carreira na seleção brasileira, pela qual conquistou a medalha de bronze no pan-americano de 1979.

Em 1983, Isabel Salgado foi a primeira jogadora de vôlei do Brasil a atuar numa liga estrangeira, no Toshiba, do Japão. Em 1984, retornou ao Flamengo, onde atuou até 1986. Nos deixou em 2022, aos 62, depois de sofrer parada cardíaca em função de complicações respiratórias.