Vini Jr endossa discurso de Maignan e cutuca presidente da Fifa
Vítima de muitos ataques racistas na Espanha, Vinicius Júnior se manifestou em suas redes sociais para após o episódio envolvendo Maignan, do Milan. O goleiro sofreu insultos racistas em jogo contra a Udinesse, no último sábado (20). Vini reforçou luta contra o racismo e criticou “aqueles que só aparecem com palavras vazias”.
“Só falar não vai mudar nada. Estas são as palavras de Maignan. É hora de prender os racistas para que tenham vergonha de quem são. Agradeço aos que realmente apoiam a nossa luta e lamento aqueles que só aparecem com palavras vazias para ganhar a simpatia da imprensa. Sempre com você, Maignan”, publicou Vini Jr.
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A crítica de Vinicius pode ser interpretada como indireta ao presidente da Fifa, Gianni Infantino. O mandatário da maior entidade do futebol mundial se manifestou logo após o caso envolvendo Maignan e defendeu derrota imediata em casos de racismo. No entanto, ele já sugeriu possíveis punições ao longo dos últimos dois anos e nenhuma foi oficializada até o momento.
Na última quinta-feira (18), torcedores do Atlético de Madrid entoaram ofensas racistas a Vini Jr antes de enfrentar o Real Madrid pela Copa do Rei. No entanto, assim como na maioria dos casos contra o ex-Flamengo, nenhuma medida foi tomada pela autoridades.
O caso
O episódio envolvendo Maignan aconteceu em partida entre Milan e Udinese, na cidade de Udine. Aos 33 minutos do primeiro tempo, Maignan comunicou ao árbitro que estava sendo alvo de ofensas racistas. A partida foi paralisada e o goleiro e todo o time do Milan deixaram o campo em forma de protesto. Mas o jogo foi retomado cerca de cinco minutos depois. No fim, o time rubro-negro venceu por 3 a 2.
“Quando fui buscar a bola atrás do gol, ouvi sons de macaco e não falei nada. Depois aconteceu de novo, então falei com o árbitro e disse o que havia acontecido. Não podemos jogar assim. Não é a primeira vez, temos que enviar uma mensagem importante. Um sinal”, disse Maigan, antes de completar:
“O Ministério Público deve tomar uma posição muito forte, até porque às vezes nada acontece. Nós, jogadores, por outro lado, devemos e podemos dar um sinal muito forte.”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.