Saudações, Rubro-Negros!
Não, você não leu errado; tampouco estou eu ficando louco. O Flamengo será o campeão brasileiro de 2018.
E o que me faz ter toda essa certeza? Bom, em primeiro lugar, o fato de estar meio alcoolizado. Hoje é domingo, o dia esteve lindo, mas passei o tempo quase todo em casa, pois precisava cumprir com certos compromissos profissionais. Nada que me obrigasse a ficar sóbrio; aliás, diria até que o mais recomendável é que não ficasse, portanto tratei de abastecer bem a geladeira com cervejas, e agora há pouco pus uma garrafa de vinho para gelar.
É isso mesmo, confrades. Escrevo estas linhas inebriado, mais para lá do que para cá, chamando urubu de meu louro, na capa do Batman, virado no Saci, pois só assim para manter as faculdades mentais em ordem e não surtar diante da TV enquanto acompanho as finais dos estaduais Brasil afora. Logo eu, que sequer gosto desses campeonatos e já cansei de defender a imediata remoção de sua existência da face da Terra. Não ter o Flamengo como protagonista maior dessa festa das minorias é revoltante. Sei que já ficamos de fora de tantas outras, só que não é todo dia que isso acontece quando somos cinco milhões e meio de vezes mais favoritos do que todos os demais competidores juntos.
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Às favas com a humildade, a mentira em que os medíocres mais precisam acreditar. Em condições normais, o Flamengo já é superlativo; em momentos como esse, em que temos superioridade econômica e estrutural inquestionável em relação a todos os nossos rivais locais, nem se fala. Era obrigação vencermos esse Carioca. O B R I G A Ç Ã O!
Lombadas à parte, já estourou o prazo para o Flamengo assumir de forma contundente seu papel de dominante no cenário continental e nacional. No âmbito regional, vencer o Carioquinha não deve sequer ser uma opção. Temos que ganhar mesmo que mandemos a campo nosso sub-17; mais do que isso, é para ser campeão invicto todos os anos.
Desta feita, não posso admitir nenhuma outra hipótese que não seja o triunfo no Brasileiro, cuja caminhada se inicia no próximo sábado. Sei que ainda temos Copa do Brasil e Libertadores para disputar, mas preciso respeitar minhas neuroses etílicas e bater na tecla de que iremos vencer o Brasileiro; se algo mais além dele vier, é lucro... e será muito bem-vindo.
Passou da hora de pararmos de dar tanta atenção a aspectos técnicos, administrativos, burocráticos e sermos mais Flamengo. E só a torcida pode fazer isso. Sem violência e sem brutalidade. Via de regra, quando as coisas em cima não estão funcionando bem, abaixo delas a tendência é que também não funcionem. Há as exceções, entretanto. E ser uma exceção também está na essência e no DNA rubro-negros. Somos maioria justamente por nos distinguirmos tanto dos demais. Portanto não estou aqui a defender à volta ao caos, e sobre isso já falei em outras oportunidades. Significa, sim, colocar dentro do campo a grandeza, a força, a identidade e o caráter de ser Flamengo. Se diretoria, comissão técnica, jogadores e o papa se esqueceram disso, então somos nós quem devemos lembra-los. Está na hora de outra vez a Nação carregar o Flamengo. E não é preciso estar bêbado para chegar a essa conclusão.
SRN
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Fabiano Torres, o Tatu, é nascido e criado em Paracambi, onde deu os primeiros passos rumo ao rubronegrismo que o acompanha desde então. É professor de idiomas há mais de 25 anos e já esteve à frente de vários projetos de futebol na Internet, TV e rádio, como a série de documentários Energia das Torcidas, de 2010, o Canal dos Fominhas e o programa Torcedor Esporte Clube, na Rádio UOL. Também escreve no blog Happy Hour da Depressão.
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