Vasco tenta mudar regra para poder disputar gestão do Maracanã com Flamengo
O Vasco entrou com um pedido de impugnação do edital de gestão provisória do Maracanã por um ano, cujas propostas devem ser apresentadas até quinta-feira. O clube alega que os termos do edital só permitem a participação de Flamengo e Fluminense, atuais gestores do estádio.
O edital prevê que a gestão temporária só pode ser disputada por organizações esportivas. E estas organizações devem comprovar capacidade técnica de gestão de operação e manutenção de um ginásio esportivo com capacidade mínima para 5.000 lugares por no mínimo três anos.
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De acordo com o Vasco, este item do edital direciona a licitação para Flamengo e Fluminense, que desde 2019 administram o Maracanãzinho como parte da gestão temporária do Maracanã.
A exigência de experiência na administração de ginásios de mais de 5.000 lugares também consta no edital de concessão pública do estádio por 20 anos a partir de 2025. Este edital, porém, permite a participação de empresas. O Vasco vai concorrer em parceria com a W/Torre, que tem experiência na gestão de ginásios fora do Brasil através de sua participação na Legends.
Grupo que administra Mané Garrincha também reclama de edital
Além do Vasco, o chamamento público também exclui a participação da Arena 360, gestora do Mané Garrincha, que anunciou a intenção de disputar a concessão do estádio com o Grupo Metrópoles. A Arena 360 afirmou ao GE que também pedirá explicações ao governo do Rio.
O chamamento público foi a solução encontrada pelo governo do Estado para atender o Tribunal de Contas do Estado, que proibiu mais uma prorrogação do Termo Provisório de Uso do Maracanã para Flamengo e Fluminense sem concorrência. Ele aconteceu porque não será possível concluir o processo de concessão por 20 anos antes do encerramento do TPU, em dezembro.
As propostas técnicas para o edital da concessão permanente serão apresentadas em dezembro. O processo está previsto para ser concluído ainda no primeiro semestre de 2024, mas o governo optou pelo chamamento público de um ano porque pode haver contestação judicial do resultado que atrase a concessão.