Varela volante? Analista mostra por que uruguaio vai bem na função

Varela é o lateral-direito reserva do Flamengo, muito pelo nível de jogo de Wesley. Mas o uruguaio não fica para trás, e quando é acionado por Filipe Luís, mostra evolução. Dessa vez, ele surpreendeu ao fazer isso como volante.
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Durante a vitória sobre o Palmeiras, no último domingo (25), Filipe Luís precisou improvisar. Gerson deixou o campo lesionado, com uma leve inflamação no joelho. Danilo entra, mas para ser lateral-direito, enquanto Varela vai jogar no meio-campo.

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O analista tático Raphael Rabello, do canal Falando de Tática, mostra que não é tão simples o lateral ir jogar no meio, mas também destaca as valências de Varela que o fizeram ir bem no certame.
"Não é tão simples o lateral, que majoritariamente atua no corredor lateral, jogar com desenvoltura no corredor central. É uma zona muito mais congestionada do campo. Tem muito menos tempo, espaço. Você está sendo pressionado de todos os lados. Tem que ter muito mais mapeamento de espaço, domínio orientado", inicia.
Varela consegue cuidar de dois opositores
Raphael destaca que o lateral surpreendeu ao mostrar facilidade para mapear, mas sua capacidade de marcação foi levada ao meio-campo e bem aproveitada.
"O Gerson sai, ele assume de volante e pressiona o Lucas Evangelista. Corre para frente, mapeia o espaço, o que é incomum para lateral. Interessante ele mapear o espaço. Nesse contexto, mapear as costas dele, não é comum. Consegue controlar o posicionamento do Evangelista, olha para o portador da bola. Cuida de quem tem a bola e do Evangelista. O Varela é muito capaz de cuidar de dois opositores ao mesmo tempo. Isso chama atenção no futebol do Varela", comenta.
Os saltos de pressão também foram importantes para Varela.
"Ele segue gerando dificuldade para o adversário. Na medida que o passe é feito para o Lucas Evangelista, ele salta pressão e já aborda. Ele tem sentido de urgência, muito importante para volante. Essa capacidade de virar muito rápido a chave, saltar pressão quando o passe é feito. E já dá um encontrão no Lucas Evangelista. Ele não foge do embate físico. Isso é muito importante", continua.
Comprometimento e geração de linha de passe
A inteligência tática de Varela se mostrou muito apurada, e alinhado ao comprometimento defensivo, a capacidade de se posicionar bem para dar opção aos companheiros também foi destacada.
"Sabe fazer muito bem as coberturas. Desenvolve isso centralizado. Toma a frente do Evangelista e gera linha de passe. É muito comprometido com linha de passe. Isso me surpreendeu muito, a quantidade de vezes que gera linha de passe", afirma.
O analista destaca exatamente esse comprometimento tático de Varela.
"Muito comprometimento sem bola do Varela. É importante que o volante faça esse movimento. Trouxe essa herança do lateral. Já sabe que precisa correr para trás. O jogador do Palmeiras fica com a bola, e ele vence a disputa fazendo cobertura. Muita leitura tática e de jogo. Com a posse e sem a posse, é um absurdo de jogador", analisa.
Por fim, seu senso de urgência também foi crucial.
"Volta muito rápido, com muito senso de urgência, fazendo a cobertura do Léo Ortiz. Rapidamente se posiciona como duplo-volante ao lado do Evertton. Muito inteligentemente se coloca ali, e quando a bola chega no Léo Pereira, ele já está ali", finaliza sobre Varela. Veja a análise completa abaixo.