Campeão carioca pelo Flamengo, Varela deu entrevista à ESPN um dia após a taça e relembrou tempos difíceis no Mengão. O lateral está subindo de produção com Tite, mas quando chegou, teve dificuldades de adaptação e Vitor Pereira foi um dos motivos.
O ex-técnico do Flamengo escalava um time sem linha de quatro, com dois laterais e dois zagueiros. Para o uruguaio, isso teria prejudicado sua ascensão no clube e atrasado seu processo até atingir o ápice.
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“Várias coisas (fizeram demorar para dar certo). A chegada ao Flamengo não é fácil, time grande, torcida cobra muito. Quando comecei a atuar, o time não jogava com uma linha de quatro defensores. Comecei com o Vitor Pereira, que utilizava uma linha de três”, diz o jogador, antes de complementar:
“Sempre joguei de lateral, isso (de linha de três) me dificultava um pouco. O resultado do time também não ajudava muito no ano passado. Foram muitas coisas que não davam certo. E minha situação se complicava mais”.
Guillermo Varela comemora subida de nível com Tite
Varela entende que “a adaptação ao Brasil é difícil, os jogadores brasileiros são bons. Jogadores rápidos. Isso dificulta para o lateral”. Mas seu nível de jogo aumentou com a chegada de Tite, que extraiu o melhor do lateral-direito. Varela vem subindo de produção e conquistando um bom espaço na equipe flamenguista.
“Eu estava com calma (para conquistar meu espaço), graças a Deus chegou o Tite. Recebi sequência que ainda não tinha tido. Foi muito importante a chegada dele para a sequência. Graças a Deus deu certo”, conta.
No aspecto defensivo pelo lado direito, inclusive, Varela tem uma ajuda importante. Luiz Araújo volta para marcar e, segundo o estrangeiro, é muito difícil quando está sem a companhia do atacante nas partidas.
“Sempre comentava com o Wesley a importância do Luiz Araújo. Ele volta para ajudar. Isso é muito importante. Quando o adversário ataca e estou sozinho na defesa é muito difícil. Luiz Araújo, Cebolinha, Pedro, De La Cruz e Arrascaeta fazem um grande trabalho para ajudar na defesa”, revela.
Se Arrascaeta é torcedor do Peñarol e sonha jogar pelo clube um dia, Varela também planeja retornar, mas não pretende fazer isso tão cedo.
“Peñarol sempre pergunta sobre a chance de voltar ao clube, eles sabem que cresci no clube, sempre ficam atrás de mim. A minha vontade é sempre jogar onde estou. Se eu não tiver jogando, o presidente do Peñarol vai querer me contratar”, finaliza.