VAR alega ‘falta sem querer’ para justificar erro contra Flamengo; ouça

05/05/2024, 00:08
Áudio do VAR de Bragantino x Flamengo

A Confederação Brasileira de Futebol divulgou no final da noite deste sábado (4) os áudios do VAR da partida entre Red Bull Bragantino e Flamengo, no estádio Nabi Abi Chedid. O Rubro-Negro reclamou bastante de dois lances. A anulação do cartão vermelho aplicado ao zagueiro Luan Cândido e um pênalti não marcado em Luiz Araújo, no final do jogo.

No primeiro lance, após a falta de Luan Cândido em Nicolás de la Cruz, o VAR Daniel Nobre Bins (RS) imediatamente grita que é falta para amarelo. Após o árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG) aplicar o cartão vermelho, o VAR passa a analisar o início da jogada.

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Nesse momento, Nobre Bins chama o contato entre De La Cruz e Pedro Henrique de contato acidental. Ele chega a falar que não há falta e passa a checar possível impedimento no toque de Pedro para o uruguaio. Porém, nesse momento, Nobre Bins abre o tema para debate com os assistentes do VAR Flavio Gomes Barroca (RN) e Dyorgenes Padovani de Andrade (ES). Em seguida, já mudando de ideia e falando em “vantagem tática”, chama Zanovelli para revisar a “falta sem querer” de De La Cruz. O árbitro concorda e anula o cartão vermelho.

VAR ignorou pênalti em Luiz Araújo no final do jogo

No segundo lance reclamado pelo Flamengo, a análise foi muito mais rápida. Aos 44 minutos, Luiz Araújo foi puxado e depois empurrado por jogador do Red Bull Bragantino dentro da área. O árbitro Zanovelli imediatamente afirma que não foi nada.

Na cabine do VAR, a opinião geral e apressada é de que a jogada deve seguir. Nobre Bins até chega a examinar imagens do lance, mas concorda com o árbitro do campo e não chama para a revisão na cabine. O jogo segue.

A ação do VAR no jogo entre Red Bull Bragantino e Flamengo vai contra as próprias orientações da CBF, que falam em “mínima interferência e máximo benefício”. Outro conceito desrespeitado foi o de que o VAR só pode ser utilizado quando “a decisão for claramente errada”. Na falta sem querer de De La Cruz em Pedro Henrique, a decisão não estava claramente errada sob nenhuma interpretação.


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