Uruguaio envolvido em briga mente e diz que se defendeu de rubro-negros armados
Após a grande confusão iniciada por torcedores do Peñarol no Recreio dos Bandeirantes, nesta quarta-feira (23), um uruguaio envolvido nas cenas criminosas tentou jogar a culpa em torcedores do Flamengo. Mentindo, o empresário de futebol Edgar ‘Chino’ Lasalvia afirmou que os uruguaios estavam se defendendo de rubro-negros armados.
Em entrevista à rádio uruguaia Sport 890, Lasalvia afirmou que torcedores do Flamengo e do Botafogo estavam juntos e armados para emboscada contra uruguaios. Contudo, as imagens das emissoras de televisão mostraram confusão começando na areia da praia após caso de racismo de uruguaio contra comerciante. Além de torcedor do Peñarol preso por furto pouco antes de começar a confusão.
➕ Brasileirão: Flamengo vai enfrentar técnico freguês e ‘pedra no sapato’ em sequência
“Eu encontrei 2.000 pessoas de Flamengo e Botafogo com armas de fogo, pedras, colocando fogo no ônibus. Não somos robôs, tentamos nos defender. É uma falta de respeito, de humanidade, de tudo”, disse Chino Lasalvia.
O que se viu na praia do Recreio dos Bandeirantes, no entanto, foram cenas de roubo, agressões, moto incendiada e carros quebrados. Os uruguaios atiraram pedras, colocaram fogo, quebraram quiosques e só foram controlados após a ação do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
A versão de Lasalvia, aliás, mudou “misteriosamente” em entrevista para o portal Lance. O empresário manteve a versão que torcedores de Flamengo e Botafogo armaram emboscada ao falar com o jornal brasileiro, mas não falou sobre arma de fogo ou 2 mil pessoas. No fim, ainda critica a ação da polícia que acabou com a cena de guerra que acontecia na altura do Posto 12 da praia.
“Triste, triste com o que fizeram com a família de Peñarol. É incrível, fizeram um ponto de encontro em um lugar que não era propício. Então, os torcedores do Flamengo se organizaram com os do Botafogo e foram roubar todas as coisas dos ônibus, pegar a gente comum. A torcida de Peñarol estava longe. Pegaram gente com a família, roubaram as coisas. Depois encontraram a torcida do Peñarol, e aí foi um descontrole. E a polícia liberou a zona. Uma vergonha”, disse Chino, que foi visto brigando no meio da rua.
Empresário dá versão diferente de Varela
Lasalvia já representou muitos jogadores ao redor do mundo e teria sido um dos envolvidos no negócio que colocou Varela no Flamengo. Assim, questionado sobre a presença do lateral-direito na confusão que gerou polêmica entre os rubro-negros, afirmou que o jogador do Fla tinha ido apenas entregar camisas para amigos.
“Guillermo Varela veio nos cumprimentar e nos dar algumas camisas para o jogo. Ele ficou preso no meio da confusão“, disse.
Varela, no entanto, afirmou que foi até o local da confusão após receber a ligação de dois amigos que estariam presos no local. Ele conversou com o vice de futebol Marcos Braz e pediu desculpa aos torcedores do Flamengo nas redes sociais.
Varela se manifesta
“Nação Rubro-Negra, como registrado nas redes sociais, estive na Praia do Recreio para resgatar dois amigos que estavam assustados com a confusão. Não participei de nenhum ato de violência. Perdemos contato assim que cheguei ao local. Esperei por 15 minutos e fui abordado por policiais militares que faziam o seu trabalho”, disse em publicação no Instagram, antes de completar:
“Após tudo ser resolvido, me encaminhei para um almoço com os meus companheiros e comissão técnica. Já conversei com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz. Peço desculpas pelo mal-entendido e reafirmo o meu compromisso de levar o Flamengo aos títulos! Saudações Rubro-Negras!”
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.