Tricolores defendem Lagardère para preservar contrato que não existe mais
Desde que a "Veja" noticiou ontem que o governo do Rio teria desistido de autorizar a venda da concessão do Maracanã pela Odebrecht à Lagardère e iria convocar uma nova licitação para a administração do estádio -- desta vez, segundo "O Globo", com os clubes podendo participar --, tricolores se mobilizaram nas redes sociais para denunciar um suposto favorecimento ao Flamengo e prejuízo ao Fluminense, que perderia o contrato válido até 2038 que lhe permite jogar no estádio sem custos.
Ocorre que esse contrato não está mais válido. O ex-presidente Peter Siemsen assinou em 2016 um aditivo com a Odebrecht, e a Justiça determinou que este aditivo é que está valendo. O novo termo contratual prevê que o Fluminense deve assumir as despesas do jogo e pagar aluguel de R$ 100 mil, ficando com o que sobrar após esses descontos. O contrato anterior, que previa que o clube não pagava para jogar e ficava com toda a renda dos setores Sul e Norte deixou de valer.
Com o novo contrato em vigor, o Fluminense teve prejuízo de R$ 145 mil reais contra o Goiás, pela Copa do Brasil, na última quarta-feira. A receita de R$ 506 mil não foi suficiente para pagar as despesas de R$ 652 mil.
Entre 2013 e 2016, a média de renda do Fluminense no Maracanã foi de R$ 417.363,55. Projetando os custos do borderô da partida contra o Goiás, o time teria acumulado um prejuízo de mais de R$ 18 milhões em 4 anos caso o aditivo estivesse em vigor desde 2013 -- o contrato obriga, é bom lembrar, o Fluminense a mandar todas as suas partidas no estádio até 2038. É esse acerto que a torcida do Fluminense está defendendo manter em sua mobilização nas redes sociais. A realidade mostra, porém, que o tricolor também tem a ganhar com uma nova licitação e a elaboração de um novo contrato.
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