Torcedor rubro-negro adota urubu e coloca nome de volante do Flamengo
Normalmente, as histórias de amor entre torcedores e animais são com cachorros, ou até gatos. Porém, não é o caso do Thiago Silva Sena. O dono de uma loja de material de construção na Tijuca, Zona Norte do Rio, seguiu um caminho diferente, mas ainda mais relacionado ao Flamengo. O homem adotou um urubu e concedeu uma homenagem ao Vidal, colocando o nome no animal.
A relação é grande porque o urubu é o animal mascote do Mais Querido desde a década de 1960, quando um grupo de flamenguistas quis rebater o racismo dos rivais soltando o animal em pleno Maracanã. Na ocasião, o Rubro-Negro venceu o Botafogo, por 2 a 1, e a torcida aderiu o apelido.
Leia mais: Torcida do Flamengo prepara homenagem para Zico
Em entrevista ao jornal O Globo, o torcedor do Flamengo contou como começou a história entre ele e o urubu. Assim, afirmou que o carinho dado no quando filhote o fez não desgrudar do empresário.
“O vizinho aqui do lado cria alguns coelhos. Há uns cinco meses, olhei um bichinho branco, mas pensei ‘coelho não tem bico’. Peguei o filhote de urubu para cuidar, com medo de algum bicho atacá-lo, comecei a dar comida e ele criou um laço com a gente, não vai embora mais.”
Thiago Silva é flamenguista roxo, devido a influência do pai Ednaldo Sena, que fez referência ao clube ao dar o nome à loja da família: Mengão Construção. Para não ser diferente, envolveu o Mais Querido no urubu, homenageando o chileno Arturo Vidal.
“O jogador (Vidal) tinha chegado recentemente ao Flamengo, com um corte de cabelo. Como o urubu era branquinho, mas começava a nascer penugem preta na cabeça, uma espécie de ‘topete’, parecia o Vidal mesmo.”
Apesar de meses de relação, o dono da loja de construção já criou sentimentos pelo animal e diz que ficaria triste caso não voltasse mais.
“Ele é livre, não tem asa cortada e, se ele for embora, vou sentir muita falta, mas ele é livre.”
Vidal acompanha em jogos de futebol
A relação entre Thiago e Vidal vai além do dia a dia de trabalho. Quando o empresário vai jogar futebol em um campo na Tijuca, o urubu costuma aparecer e até interromper as partidas pedindo carinho ao dono.
“A gente foi jogar bola no domingo e o vi voando, até falei para o meu pai: ‘É o Vidal’. Depois de posar em cima da grade, assobiei e ele veio para os meus pés. Tem hora que o futebol tem que parar, para eu colocá-lo para fora, se não, ele quer voar para cima de mim.”
Vidal é bem mimado pelo rubro-negro, tanto que vai ao Supermercado comprar fígado, peito de frango e frutas, como manga e melancia.
O urubu é uma grande atração no bairro da Zona Norte do Rio, mas o carinho tem limites e apenas o Thiago tem liberdade.
“O Vidal é muito de boa, fica do seu lado na maior calma. Em mim, ele sobe no braço, na cabeça… já outras pessoas, ele não gosta que o pegue no colo, mas deixa passar a mão no papo. Ele nunca foi agressivo, só é de bicar. Mas aí ele não está atacando, ele está se defendendo de algum cachorro que vem para cima dele, como se dissesse ‘aqui é o meu território’.”
Sou jornalista, formado pela FACHA, de 21 anos. Pouco tempo na área de jornalismo, mas com sonhos, que eram inimagináveis, conquistados, como a cobrir a final da Copa do Brasil, em 2022, no Maracanã. Objetivo é continuar na busca de mais realizações!