Torcedor do Flamengo vítima de racismo revela ter sido acuado por policiais
No empate entre Flamengo e Racing, o educador físico Rafael Carneiro, de 40 anos, sofreu racismo por parte dos argentinos. O torcedor rubro-negro mora na Argentina há mais de três anos e aproveitou para assistir o Mais Querido. Mas a noite não terminou bem ao ver torcedores adversários fazerem gestos de macaco em direção à Nação.
Em entrevista ao ge, Rafael Carneiro revelou que tentou se dirigir aos policiais argentinos, porém recebeu tratamento hostil. Deste modo, chegou a ir à uma delegacia local após o jogo para registrar o caso.
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“Após filmar o cara imitando macaco, fui mostrar para um policial, que disse que não poderia fazer nada. Eu fiquei revoltado, disse que sou residente argentino e que alguma coisa teria que ser feita. Ele disse que não tinha nem como se comunicar com os policiais que estavam embaixo (em outra arquibancada). Com esse policial foi tudo tranquilo, ele elogiou nossa torcida e até brincamos. Só que chegaram três com escudos e cassetetes, perguntaram o que eu queria. Esses foram hostis, já encostando com o escudo em mim. Um deles disse: ‘Vá a uma delegacia, mas saia do estádio!'”, relatou o torcedor do Fla.
A filmagem repercutiu pelas redes sociais e torcedores se manifestaram com o caso, cobrando punição ao Racing. As situações de racismo com brasileiros no exterior na Libertadores vem se tornando comum, mas a Conmebol ainda não conseguiu criar um modo para diminuir isso.
Conmebol promete investigar o caso de racismo em Racing x Flamengo
A Conmebol decidiu abrir um expediente disciplinar para identificar e julgar o racista, logo, dentro do prazo de 48 horas, o órgão deve informar o veredito da apuração. Posteriormente, o Racing será informado sobre o processo, com direito de resposta.
A punição em caso de racismo prevê multa mínima de US$ 100 mil (R$ 495 mil), além de possibilidade de um ou mais jogos com portões fechados. O Flamengo monitora a situação e aguarda a decisão final da entidade sul-americana.
Sou jornalista, formado pela FACHA, de 21 anos. Pouco tempo na área de jornalismo, mas com sonhos, que eram inimagináveis, conquistados, como a cobrir a final da Copa do Brasil, em 2022, no Maracanã. Objetivo é continuar na busca de mais realizações!