TJD não vai denunciar torcedor por racismo contra Gabigol no Fla-Flu
O caso de racismo contra Gabigol no clássico entre Flamengo e Fluminense pode não dar em nada. Isso porque o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) não vai denunciar ninguém por enquanto, por falta de provas.
A informação é do “UOL“, que conversou com André Valentim, procurador do TJD. De acordo com ele, não há elementos suficientes para oferecer uma denúncia contra o torcedor do Fluminense que chamou Gabigol de “macaco”. Ainda segundo o profissional, o TJD aguarda novas provas para enfim identificar os envolvidos.
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“Sem imagem não tem como denunciar. Gritaram “macaco”, mas como vou denunciar sem ver de onde veio? Vou esperar para ver se aparece mais alguma informação nova”, disse André Valentim, em exclusiva ao “UOL Esporte”.
Contudo, o caso aconteceu ainda no intervalo da partida, quando Gabigol se encaminhava para o vestiário. Foi quando ouviu muitos xingamentos de torcedores rivais, que o provocavam. Em vídeo publicado pela jornalista “Isabelle Costa“, da S1 Live, é possível identificar os gritos de “macaco”.
Posicionamento de Flamengo, Fluminense, Vasco e Gabigol
Primeiramente, o Flamengo se pronunciou e repudiou o ato racista, se colocando ao lado do atacante. Rival do Rubro-Negro, o Vasco também se posicionou sendo contra qualquer tipo de racismo, independente de quem sofra.
Por sua vez, Gabigol pediu punição ao torcedor criminoso: “Até quando? Até quando isso vai acontecer sem punição? Jamais vou me calar, é inadmissível que passemos por isso!! Orgulho da minha raça, orgulho da minha cor!! #RacismoNão“, publicou o atacante.
A princípio, o Fluminense emitiu uma nota dizendo averiguar o caso. Contudo, o presidente do Tricolor, Mário Bittencourt, falou nesta segunda-feira (7), em entrevista ao “SporTV”: “A gente vai ouvir os seguranças que estavam ao lado do Gabigol, porque eles não tiveram nenhuma reação na hora dos xingamentos. A nossa dúvida é se realmente houve a ofensa racista. Se houve, iremos buscar a punição.”
A FERJ se eximiu e disse que o responsável pelo caso é o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva). Os próximos capítulos, aliás, podem parar nos tribunais.