Tite tem pela frente seu primeiro mata-mata no comando do Flamengo. Após vencer a Taça Guanabara, o Rubro-Negro encara o Fluminense pela semifinal do Campeonato Carioca neste sábado (9). Mas as lembranças de eliminatórias não são das melhores para o treinador.
A última vez de Tite disputando uma competição nesse formato foi há oito anos, quando ainda estava no Corinthians. O jogo era decisivo pelas oitavas de final da Libertadores 2016, contra o Nacional.
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Na ida, Corinthians e Nacional ficaram no empate sem gols, em Montevidéu, Uruguai. Ou seja, para encaminhar as vagas para a próxima fase, o alvinegro precisava vencer em casa. Mas o jogo não foi nada fácil.
Quem abriu o placar logo aos 5 minutos foi o Nacional, com Nicolás López. Não demorou muito para o Corinthians de Tite reagir, com Lucca marcando aos 15′. A igualdade persistiu no placar durante toda a primeira etapa na Neo Química Arena.
Logo na volta para o segundo tempo, Santiago Romero colocou o Nacional na frente de novo. Marquinhos Gabriel chegou a empatar de pênalti, já nos acréscimos, mas não foi o suficiente. Isso porque o critério do gol fora de casa ainda era utilizado pela Conmebol naquela época, e o Corinthians assistiu à festa dos uruguaios em Itaquera.
Tite se deu mal também no mata-mata por Seleção
Não é só o passado de clubes que assombra o treinador. Sua última experiência em mata-mata, na verdade, foi pela Seleção Brasileira, onde esteve entre 2016 e 2022.
O técnico não conseguiu corresponder as altas expectativas do Brasil ganhar o tão sonhado hexacampeonato na Copa do Mundo do Catar. O desempenho na fase de grupos foi convincente, se classificando em primeiro do Grupo G. Mas ao avançar de fase, o fantasma europeu bateu na porta do Brasil mais uma vez.
Depois de passar pela Coreia do Sul nas oitavas com extrema facilidade, aplicando 4 a 1, a Seleção se despediu do sonho do título precocemente, contra a Croácia nas quartas. Foi um jogo tenso, com incríveis 21 finalizações do Brasil. Apenas uma entrou, já ao fim do primeiro tempo da prorrogação com uma jogadaça entre Neymar e Paquetá.
Tite, contudo, não conseguiu reorganizar o seu time para fechar a casinha. A euforia brasileira durou poucos minutos, com a Croácia empatando logo no começo da segunda etapa da prorrogação. Abalado psicologicamente, o Brasil foi para os pênaltis, errou duas cobranças e deu adeus a mais uma Copa. Como combinado anteriormente, Tite deixou o cargo da Seleção Brasileira logo após a eliminação.