Tite concedeu entrevista coletiva após a derrota do Flamengo por 3 a 2 para o Grêmio, neste domingo (22), na Arena do Grêmio, pelo Brasileirão. O treinador foi questionado novamente sobre um dos principais temas do anos e dos últimos dias: as poucas chances para Gabigol sob seu comando, e ele justificou citando o tempo que o atacante foi ausência em treinamentos e jogos.
Uma jornalista perguntou a Tite qual a diferença de Gabigol para outros atletas que ele tentou recuperar de má fase no Flamengo, como Cebolinha e Allan, por exemplo. O treinador afirmou que os constantes problemas físicos impediram Gabi de ter uma sequência em treinamentos, o que resultou nos poucos minutos nos jogos.
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“O técnico tem que ter a capacidade trabalhar o atleta e dar a ele a capacidade de melhorar e evoluir. Não cortar a cabeça. Mas foi muito tempo que o Gabriel não teve condições físicas ou clinicas. Quando eu cheguei. Nesse momento se encontra nessa mesma forma. Os treinamentos e essas questões físicas e clinicas foram determinantes. As lesões e essa falta de continuidade nos treinamentos… Contra o Vasco ele estava machucado e sentiu na primeira jogada”, disse Tite.
César Sampaio complementou a fala do treinador e lembrou que o Camisa 99 ficou fora também pela condenação por tentativa de fraude em exame antidoping. Atualmente, aliás, ele atua através de efeito suspensivo. O auxiliar citou também a boa fase de Pedro, que marcou 30 gols antes de grave lesão.
“Ele teve um período afastado por dopagem também, um período que nós esperávamos contar com ele e a fase do Pedro também.”
Os números mostram que realmente Gabigol só não foi utilizado sete vezes das 26 que esteve à disposição. Ou seja, entrou em 74% das partidas. Contudo, o atacante foi titular apenas três vezes (11%) e soma somente 749 minutos em campo. Isso significa que ele fica em média 28 minutos em campo. A minutagem, aliás, corresponde a somente oito jogos completou.
Ou seja, Tite está correto ao dizer que colocou Gabigol para jogar na grande maioria das vezes que o teve à disposição. Por outro lado, não explicou o motivo para em momento algum do ano o atacante não ter recebido os mesmos minutos que outros atletas que tentam sair de má fase.
Jornalista graduado no Centro Universitário IBMR, 23 anos, natural do Rio de Janeiro. Amante da escrita e um completo apaixonado pelo Flamengo, vôlei e esportes olímpicos.