Em entrevista antes do jogo entre Botafogo e São Paulo, pela Libertadores, John Textor, CEO da SAF do time carioca, atacou declarações recentes de Rodolfo Landim.
O cartola americano disparou contra as “acusações” de Landim, sobre o excesso de gastos do Botafogo, em cima da criação de um sistema de fair-play financeiro. Textor respondeu dizendo que as falas do presidente do Flamengo são infundadas, e que o seu time já gasta menos do que a regra exigiria.
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“Estamos construindo um time, construindo uma equipe, e gastando consideravelmente menos do que as diretrizes do fair-play financeiro de 75% das nossas receitas em salários de jogadores”, afirmou Textor.
John Textor ainda complementou que também é a favor do Fair-Play financeiro, mas que condena novamente as falas de Landim, de que o Botafogo estaria supostamente “quebrando regras”.
“Acho que Landim disse outro dia que temos que estabelecer regras, porque lugares como o Brasil não tem, se um investidor vem, e leva vantagem do fato de que não temos regras… Eu estou de acordo com qualquer definição de fair-play financeiro em todo mundo. Eu acho que fui o primeiro a falar em fair-play financeiro quando dei entrevista. Então sou defensor, mas não venha dizer que o Botafogo está quebrando as regras, e que não poderíamos fazer isso em outros países, poque poderíamos”, completou o americano.
Entenda como funcionaria o fair-play financeiro, pedido por Textor e Landim
Assunto que ganhou força de debate no futebol brasileiro para prevenir gastos excessivos, e crescimento de contas, o fair-play financeiro é uma ideia que parece se moldar cada dia mais entre os cartolas de times do Brasil.
Com John Textor e Rodolfo Landim, presidentes de Botafogo e Flamengo, respectivamente, apesar das desavenças, são os que mais apoiam a ideia de um gerenciamento nas finanças do futebol brasileiro.
O fair-play financeiro trata-se de regras que visam o controle das finanças dos clubes, para que eles se tornem sustentáveis, e principalmente, capazes de honrar seus compromissos, seja com outros clubes, com funcionários ou com o Estado.
Ou seja, basicamente um time não poderá gastar mais do que arrecada, assim mantendo sempre um fluxo de caixa correto. Fazendo assim, que possa honrar seu compromisso com outros clubes, algo que no Brasil, principalmente em grandes equipes, não acontece.
Na Europa, as cinco grandes ligas já operam sob essas regras faz um bom tempo, inclusive ganhando apoio da Uefa, que pode definir que clubes não disputem seus torneios caso não siga o combinado por lei.