Tara de Tite por pontas acaba com meio e Flamengo vira um grande tédio
O Flamengo joga e a palavra que usamos para descrever: tédio. Não dá pra dizer que começamos bem. E sim, o Flamengo venceu, mas de novo, não convenceu.
Acredito eu, que se não fosse por tudo que a torcida assistiu não acontecer em 2023, estariam todos mais pacientes, mas conforme dizia o poeta, estamos assistindo um museu de grandes novidades. Um ciclo vicioso que deveríamos lutar com todas as forças pra romper.
➕RENATA GRACIANO: Na altitude do Maracanã
Dói na maioria de todos os Rubro-Negros ver Bruno Henrique espetado na esquerda, o meio é quase nulo, o futebol do Gerson, que precisa estar mais próximo da área central, e até mesmo do Arrascaeta vem se diluindo no confuso sistema implantado. Eu quero, preciso ver uma saída.
Lorran, que foi bem no jogo, não é ponta. Alguém avisa pra comissão técnica e já que estamos nessa vibe, avisa também que não adianta colocar cinquenta atacantes e tirar os meias. Não funciona em nenhum esquema e não funcionou hoje também.
A volta do Gabriel enche de esperança o coração, o jeito que a arquibancada responde a simples presença dele, é mágico. Mas eu temo pelo encaixe dele ali.
A realidade é que o Fla é estático, previsível, fácil de ser marcado. Com tudo isso, acaba criando muito pouco, a tara pelos pontas acabou com o meio campo e as jogadas foram reduzidas a cruzamentos e lançamentos pra dentro da área.
O Flamengo não é só isso. Não pode ser só isso.
Em tempo: ou muda o esquema tático ou teremos saudade de 2023.
Em tempo²: é maravilhoso ter Gabriel em campo.
Por fim, vamos pra Manaus com placar aberto e muitas dúvidas e apreensões, mas vamos que vamos. Nós somos o Flamengo.
Saudações Rubro-Negras